sexta-feira, 5 de junho de 2015

As brincadeiras da infância estão nos cinemas


O “Na Sala de Aula”, do Portal Tela BR, também fala de brincadeira, e hoje mostra o trabalho dos documentaristas Renata Meirelles e David Reeks. A dupla passou dois anos com o pé na estrada e uma câmera nas mãos, para revelar as brincadeiras das crianças de Norte a Sul do Brasil. Os cineastas foram a comunidades rurais, indígenas, quilombolas, litorâneas, grandes metrópoles e sertões.
A jornada deu origem ao longa “Território do Brincar”, em cartaz em São Paulo e no Rio de Janeiro. A partir de quinta-feira (04.05) o filme também poderá ser visto nos cinemas de Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, João Pessoa e Santos. No site do projeto, ainda é possível assistir a vídeos das crianças brincando pelo país.
“Queremos comunicar ao mundo que, ao contrário do que quase todos os adultos com quem conversamos pensam, as crianças brincam, sim. Esse mantra do adulto de que ‘A criança de hoje em dia não sabe mais brincar’ é um reflexo claro de que não sabemos mais olhar a criança. Em última instância, quanto mais acreditarmos que as crianças não brincam, mais teremos que ocupar seu tempo ocioso com serviços, cursos ou instituições, e consumir brinquedos e aparelhos eletrônicos. Por isso, precisamos saber procurar insetos nas plantas, brincar de casinha, construir brinquedos e tantos outros aspectos são necessidades essenciais das crianças e correspondem ao seu brincar atual e atemporal”, afirma Renata Meirelles, diretora do filme.
Para a realização do documentário os cineastas buscaram conviver com as crianças, permanecer um longo tempo em cada local, para criar vínculos e espaços de trocas. “A etapa seguinte foi mergulhar nas imagens captadas e desenhar uma espécie de mapa humano com ações que se assemelham, muito mais do que se distanciam”, revela Renata. O documentário é uma co-realização com o Instituto Alana, que aposta na busca pela garantia de condições para a vivência plena da infância.
Na trilha estão composições de Artur Andrés, interpretadas pelos mineiros do Uakti, grupo conhecido por usar instrumentos musicais não tradicionais, construídos por eles.

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