Livremente inspirado em histórias reais de uma pequena cidade do sul do Brasil, o longa Oração do Amor Selvagem estreia nesta quinta (10) e leva para as telonas o debate sobre intolerância religiosa.
A história se passa em uma vila isolada no interior do Brasil que vive a ascensão de novas religiões e seitas. Nela chegam um viúvo (Chico Diaz) e a sua filha (Camilla Araújo), em busca de uma vida tranquila. Mas o que pareceria ser a felicidade no acolhimento de uma viúva (Sandra Corveloni) torna-se um labirinto de ciúmes, fanatismo e violência, conduzidos pelo líder religioso local (Ivo Müller).
Com classificação indicativa de 14 anos, o filme é baseado em fatos ocorridos entre 1979 e 1984, em uma cidadezinha catarinense, e revela a ascensão da intolerância religiosa feita em nome de Deus, por seitas e religiões. “Muitas barbaridades no mundo são provocadas por pessoas que se apoderam do poder divino para cometer atos, muitas vezes, violentos. Parti de uma história dos anos 80, mas hoje as páginas dos jornais e os comentários em redes sociais poderiam me inspirar da mesma forma. Precisamos olhar essa questão com mais cuidado”, ressalta o diretor Chico Faganello.
O filme participou do programa Carte Blanche, do Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, em 2014. No Brasil, Oração do Amor Selvagem estreou na 39ª Mostra Internacional de Cinema, com sessões lotadas e debates calorosos. O filme é uma coprodução da Filmes que Voam, Orbital Filmes e Cineramabc Filmes, todas, de Santa Catarina, e estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Salvador, Goiânia, Londrina e Ponta Grossa.
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