segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A Criada

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O Diretor Coreano Park Chan-Wook, que nos brindou com a Trilogia da Vingança, encabeçada por Oldboy,exibiu no último Festival de Cannes uma Obra Sublime e realmente diferente de sua Filmografia pautada por longas que instigam o lado mais Violento e, até mesmo, tendo um toque de terror.
Premiado em Cannes pela “inspiradora direção de arte” de Ryu Seong-hieA Criada foi eleito pelo público da Mostra de São Paulo a melhor ficção internacional exibida este ano. Cheio de estilo e reviravoltas, o longa  tem estreia prevista para dia 12 de janeiro.
Neste longa, o diretor apropria-se do romance literário da britânica Sarah Waters para incutir um conto de erotismo e de técnica luxuriosa.
No centro deste jogo de enganos, traições, ciúmes e artimanhas, digno de qualquer thriller hitchcockiano, The Handmaiden é uma espécie de “Origami”, machucado, recortado, dobrado, aspirando uma forma que não é a sua, mas que no final o resultado é de pura beleza de criação. Uma beleza presente na direção segura e estilística de Park, na sedução captada pelos corpos nus, pelas sugestões sexuais e corporais que as nossas personagens transmitem com toda a satisfação.
O humor pautado e subliminar enche os frames desta narrativa contada em três vozes, duas perspectivas que complementam-se a um só olhar (terceiro ato), por entre reviravoltas e quebra-cabeças emocionais. É certo que podemos acusar de plasticidade Park Chan-Wook frente ao verdadeiro sentido da intriga.
O Elenco é outro destaque de peso, tendo Kim Tae-Ri como a criada que vai trabalhar para a rica Lady Hideko (Kim Min-Hee) com uma missão que ao longo do desenrolar da trama vamos tendo conhecimento. No entanto, nada que o destino guarda pode prever o que ambas irão vivenciar.
Como uma decorada “casa de bonecas”, é com essa conexão com o olhar do espectador que The Handmaiden adquire a sua atmosférica façanha; é negro e colorido quanto basta. Sedutor e traiçoeiro como ninguém, uma clara alusão à perversão e repreensão sexual na cultura japonesa que cria, ou apenas “educa” fetichistas de imaginações infinitas.
Nota do CD:
★★★★★
Sinopse:
Coreia do Sul, anos 1930. Durante a ocupação japonesa, a jovem Sookee (Kim Tae-ri) é contratada para trabalhar para uma herdeira nipônica, Hideko (Kim Min-Hee), que leva uma vida isolada ao lado do tio autoritário. Só que Sookee guarda um segredo: ela e um vigarista planejam desposar a herdeira, roubar sua fortuna e trancafiá-la em um sanatório. Tudo corre bem com o plano, até que Sookee aos poucos começa a compreender as motivações de Hideko.
Trailer do Filme:
Ficha Técnica:
Genero: DRAMA, THRILLER
Direção/Roteiro/Prodção: Park Chan-Wook
Elenco: Ha Jung-woo, Kim Min-hee, Kim Tae-Ri, Cho Jin-Woong, Sori Moon
Ano: 2016
País: Coreia do Sul
Duração: 2h 24m

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