Em pleno anos 60, quando o Cinema Novo vivia sem melhor momento, um rapaz negro chamado Zózimo Bulbul começava sua carreira de ator e seria, nove anos depois, oprimeiro ator negro a protagonizar uma novela na televisão brasileira: em 1969, na época a TV Excelsior exibia Vidas em Conflito. O nome é bastante conhecido no exterior e pouco comentado no Brasil, mas no mês em que é comemorado o Dia da Consciência Negra, sua importância vem à tona, inevitavelmente. O cineasta Joel Zito o considera pioneiro ao “registrar no cinema a temática de seu povo”.
O legado de Bulbul para o cinema negro foi marcante, tanto que o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no Rio de Janeiro, apresenta a mostra Zózimo Bulbul – Uma Alma carioca, Uma Celebração à Vida e ao Orgulho da Origem Africana, que conta com a curadoria de Biza Vianna, viúva de Zózimo, e reúne além de filmes, fotos da vida do cineasta e conta a trajetória do artista e de sua contribuição para a afirmação da cultura negra no Brasil. A mostra é gratuita e vai até o dia 18 de janeiro de 2015.
No cinema, trabalhou com importantes diretores como Glauber Rocha, Leon Hirzman, Caca Diegues, Antunes Filho e outros, e, além de atuar por cerca de 50 anos, Bulbul dirigiu 12 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Em 1988 lança o longa-metragemAbolição, que propõe uma reflexão crítica sobre a comemoração, na época, dos 100 anos da abolição da escravatura. Mesmo com uma pequena filmografia como produtor e diretor de filmes, a trajetória de Bulbul trouxe os dilemas da classe média negra, emergente no anos 60, e destacou uma nova forma de narrativa para a vivência do negro na América.
Segundo o artigo O produtor e cineasta Zózimo Bulbul – o inventor do cinema negro brasileiro, de Noel dos Santos Carvalho, publicado na edição de novembro da Revista Crioula, em 1979 Bulbul participava intensamente de organizações culturais e políticas ligadas ao movimento negro e “a partir de 1978 ajudou na fundação da Associação Cultural de Apoio às Artes Negras (ACAAN), militou no Instituto de Pesquisas da Cultura Negra (IPCN) e participou do Grêmio Recreativo de Arte Negra Escola de Samba Quilombo, fundado pelo compositor Candeia”.
O cineasta foi também o criador do Centro Afro Carioca de Cinema, importante centro que promove a cultura afro brasileira e dos artistas, além de elaborar projetos e ações que visem a realização permanente de atividades culturais. Em janeiro de 2013, aos 75 anos, o cinema perdeu Zózimo Bulbul, em consequências de um câncer no colo do intestino. O nome marcante e a luta pela inserção da realidade do negro na sétima arte marcaram seu trabalho, que hoje é homenageado no Rio de Janeiro.
O legado de Bulbul para o cinema negro foi marcante, tanto que o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no Rio de Janeiro, apresenta a mostra Zózimo Bulbul – Uma Alma carioca, Uma Celebração à Vida e ao Orgulho da Origem Africana, que conta com a curadoria de Biza Vianna, viúva de Zózimo, e reúne além de filmes, fotos da vida do cineasta e conta a trajetória do artista e de sua contribuição para a afirmação da cultura negra no Brasil. A mostra é gratuita e vai até o dia 18 de janeiro de 2015.
No cinema, trabalhou com importantes diretores como Glauber Rocha, Leon Hirzman, Caca Diegues, Antunes Filho e outros, e, além de atuar por cerca de 50 anos, Bulbul dirigiu 12 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Em 1988 lança o longa-metragemAbolição, que propõe uma reflexão crítica sobre a comemoração, na época, dos 100 anos da abolição da escravatura. Mesmo com uma pequena filmografia como produtor e diretor de filmes, a trajetória de Bulbul trouxe os dilemas da classe média negra, emergente no anos 60, e destacou uma nova forma de narrativa para a vivência do negro na América.
Segundo o artigo O produtor e cineasta Zózimo Bulbul – o inventor do cinema negro brasileiro, de Noel dos Santos Carvalho, publicado na edição de novembro da Revista Crioula, em 1979 Bulbul participava intensamente de organizações culturais e políticas ligadas ao movimento negro e “a partir de 1978 ajudou na fundação da Associação Cultural de Apoio às Artes Negras (ACAAN), militou no Instituto de Pesquisas da Cultura Negra (IPCN) e participou do Grêmio Recreativo de Arte Negra Escola de Samba Quilombo, fundado pelo compositor Candeia”.
O cineasta foi também o criador do Centro Afro Carioca de Cinema, importante centro que promove a cultura afro brasileira e dos artistas, além de elaborar projetos e ações que visem a realização permanente de atividades culturais. Em janeiro de 2013, aos 75 anos, o cinema perdeu Zózimo Bulbul, em consequências de um câncer no colo do intestino. O nome marcante e a luta pela inserção da realidade do negro na sétima arte marcaram seu trabalho, que hoje é homenageado no Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário