sábado, 3 de dezembro de 2016

“Tamo Junto”, terceiro longa de Matheus Souza, estreia no dia 08.12 e faz humor inteligente repleto de referências da cultura pop


No dia 08.12 entra em cartaz nos cinemas brasileiros Tamo Junto, o terceiro longa do diretor carioca Matheus Souza, com distribuição da Paris Filmes. Aos 28 anos, ele assina como diretor, roteirista e produtor. Os atores Sophie Charlotte, Leandro Soares e Alice Wegmann protagonizam o longa ao lado do próprio Matheus – que pela primeira vez se aventura diante das câmeras em uma divertida crônica sobre amizade e volta por cima.

A trama começa quando Felipe (Leandro Soares) decide terminar o namoro pra se divertir, mas a vida de solteiro se mostra muito mais dura do que ele imaginava. O reencontro com Paulo Ricardo (Matheus Souza) e Julia (Sophie Charlotte), seus amigos de infância, é um mergulho em águas turbulentas: o trio se vê obrigado a questionar valores, abandonar certezas e refazer a rota, numa história recheada de metalinguagem e referências da cultura pop.

“’Tamo Junto’ dialoga com minhas comédias favoritas da adolescência”, conta o diretor. “Ao mesmo tempo que se conecta com os tradicionais filmes de personagens em busca de amor ou de sexo, tenta desconstruir, inverter e brincar com o que se espera dos papéis masculinos e femininos nesses filmes. Então tentei criar um longa sobre dois protagonistas masculinos onde a masculinidade excessiva e antiga sempre soasse patética. Toda vez que os personagens buscam um clichê machista, eles se ferram. E o caminho certo é sempre através de um sentimento mais sincero e humano”, aponta.

Embora rejeite o rótulo de “voz da sua geração”, Matheus vem sendo celebrado pela habilidade em retratar a juventude de hoje, que cresceu imersa em tecnologia. “Minha geração é a primeira criada com a Internet, agora se tornando adulta. O que fazer com todo o conhecimento do mundo nas nossas mãos? É uma geração que assiste vídeo de gatinhos e que se posiciona politicamente na mesma intensidade”, brinca. “Como tema ela é fascinante”.

É da observação dessa juventude que nascem as histórias narradas por Matheus com humor peculiar e diálogos ágeis repletos de ironia e referências a séries, games e os memes que povoam as redes sociais.

O filme encerra o que Matheus batizou “trilogia de baixo orçamento”, composta ainda por “Apenas o fim” (2008) e “Eu não faço a menor ideia do que tô  fazendo com a minha vida” (2012). O primeiro, escrito e dirigido por Matheus aos 19 anos, lhe rendeu os prêmios de melhor filme pelo Júri Popular no Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, além de uma menção honrosa do Júri Oficial no Rio e passagem por prestigiosos festivais internacionais como Miami e Rotterdam.

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