Cemitério Vivo II (1992)

Título original – Pet Sematary II

Perante o sucesso do filme original (já aqui visto), eis, sem surpresa, a sequela.
Do original, vem o título e o conceito.
Stephen King (autor do livro onde se baseava o filme original) está fora deste filme.


O “mágico” cemitério volta a ser útil.
Desta vez a um jovem da zona, vítima de bullying e em desespero pela sua falecida mãe.
Apesar das boas intenções de quem usa o cemitério, a gravidade (e mortalidade) dos eventos não tarda.

Alguns eventos e personagens do filme original são referidos, para uma contextualização do espectador e dos personagens da sequela.

Depois de uma abordagem scary sobre a família, a relação entre esta e os seus animais de estimação, bem como o amor post-mortem, o segundo filme recorre à mesma técnica, mas para um universo humano diferente.

Agora é o mundo dos adolescentes, das suas angústias e dramas.

O terror volta a surgir pelos eventos causados pelo cemitério, eventos esses motivados pelas ânsias dos adolescentes em causa, que assim procuram resolver alguns dos seus tormentos.

A coisa até corre bem no primeiro acto, conseguindo-se alguma envolvência com o drama do protagonista.
Mas à medida que vão surgindo os renascidos (humanos), o filme deriva para uma comédia algo tosca, que não sabe gerir bem o terror da situação.

À semelhança do filme original, o final volta a ser algo forçado, sendo uma mera justificação para um festival gore.


Mary Lambert regressa à saga, volta a dirigir com eficácia, abusando novamente (os momentos dos sonhos) da estética de videoclip. Há menos sustos que no filme original, mas há mais gore.

Um scary movie que cumpre o seu objectivo de entretenimento.
Mas não iguala o original.

Vê-se bem.

“Pet Sematary II” tem edição portuguesa, mas já é uma raridade nas lojas. Pode ser encontrado noutros mercados, a bom preço. Algumas das edições europeias têm legendas em Português.



Realizadora: Mary Lambert
Argumentista: Richard Outten
Elenco: Edward Furlong, Anthony Edwards, Clancy Brown, Jared Rushton, Darlanne Fluegel, Jason McGuire, Sarah Trigger

Orçamento – 8 milhões de Dólares
Bilheteira – 17 milhões de Dólares (USA)

Trailer


Edward Furlong foi nomeado para “Melhor Jovem Actor”, nos Saturn 1993. Perdeu para Scott Weinger em “Aladdin”.
Nomeado para “Melhor Filme”, em Avoriaz 1993. Perdeu para “Braindead”
Clancy Brown esteve nomeado para “Melhor Actor Secundário”, nos Prémios Fangoria Chainsaw 1992. Anthony Hopkins foi preferido, por “Bram Stoker`s Dracula”.

O filme teve contribuição no argumento de David S. Goyer (trilogias “Blade” e “The Dark Knight”, “Man of Steel”). O seu nome não recebe crédito.
O filme ia ser filmado no Maine (tal como o original). Mas dadas as condições climatérica adversas (Inverno), mudou-se o local para Georgia, que tinha semelhanças com Maine.

Passa-se três anos depois dos eventos do filme original. Fazem-se pequenas referências a tal.

A certo momento, alguém assiste a “Once Upon a Time in America” (1984). Darlanne Fluegel também participa nesse filme.
Anthony Edwards conheceu a sua futura esposa, neste filme – Jeanine Lobell.

Tal como “Pet Semetary”, “Pet Semetary II” também tem uma canção dos The Ramones na sua banda sonora.
Ei-la