quarta-feira, 20 de abril de 2016

Adaptação de “Escaravelho do Diabo”, um clássico brasileiro da literatura juvenil, estreou em circuito comercial dia 14 de abril


Escaravelho do Diabo, clássico livro de Lúcia Machado de Almeida, publicado na não menos clássica coleção Vaga-Lume, foi adaptado para o cinema e chegou em circuito comercial no dia 14 de abril.

 Na versão cinematográfica, o jovem Alberto (interpretado por Thiago Rosseti) testemunha a morte do irmão mais velho. Aos poucos ele percebe outras mortes macabras no pequeno vilarejo onde mora. Em comum, todos estes casos têm como vítimas pessoas ruivas, que receberam em suas casas, pouco antes do crime, uma caixa contendo um escaravelho. Alberto decide ajudar o desacreditado delegado Pimentel (Marcos Caruso) a resolver o caso.

O livro tem uma grande importância histórica. Originalmente publicado em capítulos na revista O Cruzeiro  em 1953, a história alcançou maior sucesso ao ser republicada em livro em 1972, estreando a coleção  Vaga-Lume,  conseguindo o feito de ser a porta de entrada de muitos pré-adolescentes ao terreno do suspense policial.

A professora de ensino fundamental e Mestre em Linguística Aplicadapela PUC-SP Camila Dias, conta que leu o livro pela primeira vez com dez anos e se recorda até hoje da emoção de acompanhar uma trama de investigação. “Lembro da sensação de não estar lendo um livro de criança. Hoje em dia consigo analisar que a prosa da Lúcia Machado de Almeida é simples sem subestimar o público infanto-juvenil. Para mim ele foi a porta de abertura para a literatura de um universo mais adulto e vejo que meus alunos também têm interesse nesses assuntos, assistindo seriados como CSI, por exemplo. Por isso acho que o filme vai agradar também, é uma maneira de trabalhar com as crianças as diferenças das linguagens literária e cinematográfica”.

A obra levou quase uma década para ser finalizada. O diretor Carlo Milani já tem muita experiência manejando o set em televisão, mas essa é a primeira vez que ele assina uma produção para o cinema. Milani ressalta que o projeto levou dez anos para ser desenvolvido, porque buscou financiamento para todas as etapas, desde a produção do roteiro.

 O longa teve orçamento de R$ 5.8 milhões e foi produzido pela Dezenove em parceria com a Globo Filmes. Quem comandou a produção foi Sara Silveira, que já havia trabalhado com diretores em suas estreias na tela grande, como em Trabalhar Cansa, de Marco Dutra e Juliana Rojas, Durval Discos, de Anna Muylaert, Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzsky, e Falsa Loura, de Carlos Reichenbach.

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