Nesse “Mão na Massa” especial em comemoração do Dia da Consciência Negra, marcado pelo feriado de 20 de novembro, vamos destacar algumas produções do Cinema Negro contemporâneo no Brasil.
O termo Cinema Negro tem sua origem nos anos 60, quando Glauber Rocha filmou Leão de Sete Cabeças, no qual o diretor relaciona uma certa “africanicidade” e uma visão revolucionária do socialismo internacional. Como ideólogo do Cinema Novo, Rocha queria despertar um sentimento de Afro-Latino-América.
Ao lado de Rocha, outro nome importante para a nascimento do Cinema Negro no Brasil é o cineasta e ator Zózimo Bulbul, que produziu e dirigiu filmes e vídeos documentários de curta, média e longa metragem.
Zózimo foi o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira, fazendo par romântico com Leila Diniz em Vidas em Conflito.Insatisfeito com a condição reservada aos negros nas telas, decidiu escrever e dirigir seus próprios filmes.
Em 1974, dirige o curta metragem em preto e branco Alma no Olho, considerado uma das melhores obras da cinematografia afro descendente. Em 1988 lançou o seu longa metragemAbolição, que propõe uma reflexão crítica sobre a então comemoração dos 100 anos da abolição da escravatura. Dirigiu também inúmeros curtas, sempre com um olhar para o negro na sociedade brasileira: Aniceto do Império (1981), Samba no Trem (2000), Pequena África (2002), entre outros.
No ano de 2010, a convite do Presidente do Senegal, Zózimo realizou o filme Renascimento Africano, que mostra o Senegal nas comemorações dos 50 anos de independência. Desde seu falecimento, no início de 2013, Zózimo Bulbul empresta seu nome aos Encontros de Cinema realizados pelo Centro Afro Carioca de Cinema, fundado por ele em 2007, com o intuito de dar espaço a produção cinematográfica brasileira, africana e caribenha.
Como parte de suas ações, o Centro Afro Carioca de Cinema já levou 14 cineastas brasileiros à África e já trouxe 32 cineastas de diversos países como Senegal, Cabo Verde, Cuba, Chad, Burkina Faso, Colômbia, E.U.A., África do Sul, Congo, Costa do Marfim, Nigéria, Guiné, Camarões, Angola. Desde então, já foram realizadas sete edições do evento, sempre com acuradoria do próprio Zózimo Bulbul. Desde a edição do ano passado a curadoria está a cargo de Joel Zito Araújo.
Cineasta e pesquisador mineiro, Araújo é doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e fez pós-doutorado no departamento de rádio, TV e cinema e no departamento de antropologia da Universityof Texas.
Nascido em 1954, dirigiu documentários de curta e média-metragem tematizando o negro na sociedade brasileira, dentre os quais destacam-se São Paulo Abraça Mandela (1991),Retrato em Preto e Branco (1993), Ondas Brancas nas Pupilas Pretas (1995) e A Exceção e a Regra (1997).
Araújo esclarece que embora haja muito iniciativa de jovens negros para produzir audiovisual, as políticas públicas de fomento de produção e formação técnica ainda são insipientes. “O cenário não mudou o suficiente. Precisamos de ações mais arrojadas que considera importante mudar a discrepância entre a representatividade da raça negra na sociedade e na produção cinematográfica. São necessárias políticas públicas que apoiem a preparação de uma nova geração de profissionais”.
Ainda que sem o apoio governamental necessário, alguns trabalhos se destacaram nos últimos anos, como o curta-metragem O Dia de Jerusa, de Viviane Ferreira, que foi apresentado no Short Film Corner do festival de cinema de Cannes de 2014, e Favela Gay, de Rodrigo Felha, exibido no Festival do Rio no mesmo ano.
O termo Cinema Negro tem sua origem nos anos 60, quando Glauber Rocha filmou Leão de Sete Cabeças, no qual o diretor relaciona uma certa “africanicidade” e uma visão revolucionária do socialismo internacional. Como ideólogo do Cinema Novo, Rocha queria despertar um sentimento de Afro-Latino-América.
Ao lado de Rocha, outro nome importante para a nascimento do Cinema Negro no Brasil é o cineasta e ator Zózimo Bulbul, que produziu e dirigiu filmes e vídeos documentários de curta, média e longa metragem.
Zózimo foi o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira, fazendo par romântico com Leila Diniz em Vidas em Conflito.Insatisfeito com a condição reservada aos negros nas telas, decidiu escrever e dirigir seus próprios filmes.
Em 1974, dirige o curta metragem em preto e branco Alma no Olho, considerado uma das melhores obras da cinematografia afro descendente. Em 1988 lançou o seu longa metragemAbolição, que propõe uma reflexão crítica sobre a então comemoração dos 100 anos da abolição da escravatura. Dirigiu também inúmeros curtas, sempre com um olhar para o negro na sociedade brasileira: Aniceto do Império (1981), Samba no Trem (2000), Pequena África (2002), entre outros.
No ano de 2010, a convite do Presidente do Senegal, Zózimo realizou o filme Renascimento Africano, que mostra o Senegal nas comemorações dos 50 anos de independência. Desde seu falecimento, no início de 2013, Zózimo Bulbul empresta seu nome aos Encontros de Cinema realizados pelo Centro Afro Carioca de Cinema, fundado por ele em 2007, com o intuito de dar espaço a produção cinematográfica brasileira, africana e caribenha.
Como parte de suas ações, o Centro Afro Carioca de Cinema já levou 14 cineastas brasileiros à África e já trouxe 32 cineastas de diversos países como Senegal, Cabo Verde, Cuba, Chad, Burkina Faso, Colômbia, E.U.A., África do Sul, Congo, Costa do Marfim, Nigéria, Guiné, Camarões, Angola. Desde então, já foram realizadas sete edições do evento, sempre com acuradoria do próprio Zózimo Bulbul. Desde a edição do ano passado a curadoria está a cargo de Joel Zito Araújo.
Cineasta e pesquisador mineiro, Araújo é doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e fez pós-doutorado no departamento de rádio, TV e cinema e no departamento de antropologia da Universityof Texas.
Nascido em 1954, dirigiu documentários de curta e média-metragem tematizando o negro na sociedade brasileira, dentre os quais destacam-se São Paulo Abraça Mandela (1991),Retrato em Preto e Branco (1993), Ondas Brancas nas Pupilas Pretas (1995) e A Exceção e a Regra (1997).
Araújo esclarece que embora haja muito iniciativa de jovens negros para produzir audiovisual, as políticas públicas de fomento de produção e formação técnica ainda são insipientes. “O cenário não mudou o suficiente. Precisamos de ações mais arrojadas que considera importante mudar a discrepância entre a representatividade da raça negra na sociedade e na produção cinematográfica. São necessárias políticas públicas que apoiem a preparação de uma nova geração de profissionais”.
Ainda que sem o apoio governamental necessário, alguns trabalhos se destacaram nos últimos anos, como o curta-metragem O Dia de Jerusa, de Viviane Ferreira, que foi apresentado no Short Film Corner do festival de cinema de Cannes de 2014, e Favela Gay, de Rodrigo Felha, exibido no Festival do Rio no mesmo ano.
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