Contar a história de um dos maiores e mais queridos músicos do Brasil nas telonas não seria uma tarefa fácil. Com uma trajetória expressiva e conturbada Sebastião Rodrigues Maia, ou apenas Tim Maia, como ficou conhecido, marcou várias gerações e por onde passou conquistou milhares de fãs. Para o produtor Rodrigo Teixeira, realizar o filme além de uma honra, foi também um grande desafio e, ninguém poderia ser melhor do que Mauro Lima para dirigir a produção. “Com Meu Nome Não é Johnny, Mauro já tinha provado que sabe fazer muito bem uma cinebiografia. Além disso, ele é muito musical, toca três ou quatro instrumentos e tem um conhecimento profundo da música dos anos 60 e 70”, acredita.
No filme, Tim Maia é interpretado por dois atores, em dois momentos diferentes da vida. Babu Santana e Robson Nunes passaram por um intenso processo com a preparadora de elenco, Maria Sílvia, e tiveram aulas de canto e preparação vocal.
Para realizar o filme, foram gastos um total de R$ 10 milhões, o que está abaixo do mercado para produções desse porte. “A produção foi viabilizada graças a um mix de quatro “dinheiros”: investimentos privados, merchandising, incentivo fiscal e a Globo Filmes, com participação em mídia”, explica Mauro.
O ponto de partida do roteiro foi livro Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, do jornalista Nelson Motta, mas a escolha foi destacar momentos da vida de Tim Maia pouco conhecidos pelo grande público, como a viagem do cantor para Nova York, em 1959. “Compramos toda a pesquisa que serviu de base para o livro e procuramos relatos de pessoas que conviveram com ele”, revela Mauro.
Tanta responsabilidade trouxe também muitas dificuldades. Resumir a densa trajetória de Tim Maia em duas horas de filme e foi preciso muito cuidado para falar dos episódios e personagens mais marcantes da trajetória pessoal e profissional do artista. “Um filme que abrange cinco décadas pressupõe um milhão de personagens, e isso é uma tarefa inviável, não cabe num único filme”, diz Mauro. Uma das alternativas para contar a história de forma fiel foi a narração em off, feita no filme pelo ator Cauã Reymond, que no filme era um amigo de Tim Maia. “Achamos que seria importante ter essa narração feita por um amigo que pudesse contar a vida do Tim nesse formato episódico, porque sumia e voltava da vida dele”, explica o diretor.
O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade.

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