sábado, 18 de fevereiro de 2017

"Até o Último Homem", de Mel Gibson


Até o Último Homem (Hacksaw Ridge - 2016)

Mel Gibson é um tremendo diretor, porém, limitado. Não há problema nisso, muitos dos melhores e mais respeitados cineastas também o são. O caso é que ele se equivoca terrivelmente sempre que arrisca sair de sua zona de conforto, como na irritante primeira hora de “Até o Último Homem”. 

O australiano de temperamento forte é um poeta da violência, uma espécie de Sam Peckinpah fundamentalista católico, altamente competente ao compor visualmente personagens mitificados, o que obviamente funcionou em “A Paixão de Cristo”, mas desajeitado ao retratar personagens essencialmente humanos, falíveis. Os dois primeiros atos do filme poderiam facilmente ser resumidos em um letreiro introdutório, já que são executados da forma mais preguiçosa possível, os relacionamentos humanos, pai e filho, namorado e namorada, não soam minimamente críveis, o texto de Robert Schenkkan e Andrew Knight é frágil, todos os clichês são utilizados, o rodopio do casal feliz, o aproximar lento da câmera no rosto daquele que se vê oprimido em um julgamento, diálogos expositivos repetitivos, em suma, material de produção de baixo orçamento direcionada para o mercado gospel de vídeo.

A insegurança na direção nesse início caricatural é intensificada pelo contraste com a entrega visceral de Andrew Garfield, um coração que pulsa em um corpo robótico. Quem resistir ao ritmo modorrento dessa primeira hora no piloto automático irá se surpreender com o que Gibson oferece ao tomar o controle nos campos de batalha em Okinawa. Ajudado pela história real incrível do soldado adventista Desmond Doss, que se alistou no exército na Segunda Guerra e se recusou a sequer segurar uma arma, sofrendo com o deboche dos companheiros e o descrédito de seus superiores, o filme exibe sequências brutalmente realistas, o tom agressivo de sadismo purificador que é a marca registrada do diretor. A trilha sonora de Rupert Gregson-Williams, como era de se esperar, reverencia sem sutileza alguma o aspecto religioso da trama, potencializando a distância respeitosa que equivocadamente se estabelece entre o homenageado e o público que, como é usual, busca identificação. O nível de endeusamento pelo martírio encontra sua resolução mais coerente no terceiro ato, Doss, após completar sua missão, sendo metaforicamente alçado aos céus, uma cena absurdamente brega em todos os sentidos. Gibson se redime ao optar por utilizar registros reais no desfecho, depoimentos verdadeiramente emocionantes e que ajudam a tirar o gosto amargo de novela mexicana.

O que mais me agradou na experiência foram os pequenos momentos de interação entre o protagonista e seus companheiros feridos no campo de batalha. Doss fazia o mais difícil, conversava com aqueles homens interna e externamente despedaçados, negando o próprio medo e tentando acalmar aqueles que já sentiam a aproximação da morte, injetando morfina e, principalmente, esperança, a essência do pensamento religioso. Esse conceito é mais forte e simbolicamente poderoso que todas as cenas de violência. 

JACQUES TOURNEUR - 10 FILMES ESSENCIAIS

Grande diretor do cinema, que passeou em diversos gêneros, como filme de horror psicológico ou sobrenatural, filme noir, western, aventura, drama, se especializou em filmes de baixo orçamento. Ficou muito conhecido  à partir das realizações com Val Lewton, tornando-o cultuado e assim, cada vez mais grandes atores queriam trabalhar com Lewton.

Abaixo listei os 10 filmes essenciais para conhecer este grande realizador.

Não deixem de assistir.


O dono de uma funerária, Waldo Trumbull (Vincent Price) é proprietário de uma funerária de poucos clientes. Ele é casado com Amaryllis, quem é frustrada por não conseguir ser cantora de ópera (Joyce Jameson). O estranho assiste da funerário é apaixonado por Amaryllis. Trumbull precisa de dinheiro para pagar aluguel. Então, passa a matar pessoas a fim de conseguir clientes.


Uma série de estranhas mortes acontece quando um psicólogo americano viaja para um congresso em Londres, com o objetivo de desmascarar um líder de uma seita demoníaca e demonstrar que o homem é uma fraude.


Após acabar nocauteado por dois ladrões de banco, James Vanning (Aldo Ray) consegue escapar com a maleta de dinheiro dos assaltantes. Porém, ao tentar encontrar as autoridades, o homem inocente precisa convencer que não tem ligação com o roubo e o assassinato. Acusado, ele passa a ser perseguido pelas autoridades e pelos verdadeiros ladrões.


Dardo (Burt Lancaster) lidera os camponeses na luta para encontrar o filho raptado pelos invasores do rei Frederico. Dono de uma flecha certeira, Dardo faz de tudo para vencer seu principal inimigo, o Conde Ulrich (Frank Allenby), chamado de Gavião e responsável pelo rapto de seu filho. Entre uma batalha e outra, Dardo também anseia conquistar a linda donzela Anne (Virginia Mayo), que está aprisionada no castelo do inescrupuloso Conde.


Veterano da Guerra Civil busca nova vida em uma pequena comunidade onde tenta ser um reverendo, mas encontra resistência entre seus fiéis. A amizade com um garoto e suas demonstrações de bravura e dedicação fazem-no ganhar respeito entre os cidadãos.


Jeff Bailey vive uma vida pacata, trabalhando em um posto de gasolina em uma pequena cidade dos Estados Unidos. Quando um dos capangas de Whit, seu antigo chefe, o encontra, ele irá se ver obrigado a preencher as lacunas que deixou em sua antiga vida. Principalmente com relação a Kathie, mulher de duas caras que a qualquer momento pode traí-lo ou fazê-lo se apaixonar novamente.


O homem de negócios, Logan Stuart (Dana Andrews), está escoltando a noiva de seu amigo, Lucy Overmire (Susan Hayward), de volta para sua casa na distante cidade de Jacksonville, no Oregon. No trajeto de sua dura jornada Lucy se sente atraída por Logan cujo coração parece pertencer a outra pessoa. Quando chegam em Jacksonville, vários fatos começam a acontecer envolvendo vilões, damas, triângulos amorosos, assassinatos...


Performer de um nightclub no Novo México, Kiki Taylor, encorajada pelo gerente, inclui na sua atuação um leopardo como estratégia publicitária. Mas o animal foge devido ao barulho e às luzes do clube e passado alguns dias surgem cadáveres mutilados na vila. Tudo indica que se trata de ataques do leopardo, mas Kiki não se convence disso.


Uma enfermeira contratada para cuidar da esposa de um grande fazendeiro que vive nas Índias Ocidentais se envolve com os dramas da família e passa a suspeitar que sua paciente possa ser um zumbi, uma “morta-viva”.


Irena Dubrovna é uma sérvia que trabalha com desenho de moda. Ela e o americano Oliver Reed se conhecem num zoológico, se apaixonam e casam-se, porém começam a ter problemas quando Irena passa a acreditar ser descendente de uma raça diferente de mulheres. Ela acredita possuir o sangue de pantera e quando entra em contato com fortes emoções começa a colocar a vida de todos em risco. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

"McQ - Um Detetive Acima da Lei", de John Sturges


McQ - Um Detetive Acima da Lei (McQ - 1974)

McQ é um veterano da polícia de Seattle, um tenente que poderia ser capitão, mas seu jeito "duro" com a bandidagem atrapalha sua carreira. Ele e seu amigo e parceiro investigam o traficante Santiago, até que o parceiro é morto. McQ de imediato quer ir atrás de Santiago, mas seus superiores não lhe dão o caso. Ele então pede demissão e passa a agir como detetive particular.

O jazz de Elmer Bernstein emula o som característico de Lalo Schifrin, a identidade musical de “Dirty Harry”, filme de Don Siegel que ditou o tom sombrio do cinema policial norte-americano da década de setenta. Se Clint Eastwood, ícone do faroeste italiano, havia conseguido transpor sua persona das pradarias selvagens para as ruas povoadas por junkies, o próximo passo óbvio seria arriscar com o pai de todos os caubóis, John Wayne, afinal, ele rejeitou o papel principal no clássico de 1971. É interessante imaginar como a história poderia ter sido diferente caso a .44 Magnum tivesse caído nas mãos da primeira opção dos produtores, Frank Sinatra. Ele estava com a mão machucada, Clint aproveitou a oportunidade e redefiniu o gênero. Wayne acabaria trabalhando com Siegel em sua belíssima despedida: “O Último Pistoleiro”. 

“McQ” é dirigido por John Sturges, de “Fugindo do Inferno”, “Sete Homens e Um Destino” e “Sem Lei e Sem Alma”, um artesão capaz de garantir o refinamento necessário para um projeto que, desde o início, foi pensado como uma tentativa de lucrar com o sucesso de “Dirty Harry”, oferecendo ao público uma versão diferente da imagem consagrada de seu astro, que pela primeira vez atuava como um policial. Se Harry portava uma .44 Magnum, McQ faz estrago com sua Ingram MAC-10, novidade na época. O roteiro de Lawrence Roman é simples, falta polimento, mas entrega um desfecho ousado, fiel ao espírito decadente de obras como “Operação França” e boa parte dos melhores da safra blaxploitation. A idade avançada de Wayne pode ter preocupado o diretor, mas enxergo esse elemento como algo altamente positivo, o espectador sente no rosto dele o cansaço após uma perseguição a pé, o desconforto ao notar o flerte da prostituta viciada de meia-idade interpretada por Colleen Dewhurst, ou o olhar distante nas cenas em que descobre estar inserido em um sistema apodrecido, o seu personagem trazia muito da angústia que o ator vivia no momento com o término de seu relacionamento amoroso com Pilar Pallete. 


* O filme está sendo lançado em DVD pela distribuidora "Studio Classic Filmes".

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

"Repo Man - A Onda Punk", de Alex Cox


Repo Man - A Onda Punk (Repo Man - 1984)

Um jovem punk trabalha recuperando carros que não foram pagos e acaba por conhecer um cientista louco que sequestrou alienígenas.

“Este é Otto, louco, rebelde, agressivo, até arranjar uma perigosa profissão”. A chamada televisiva não preparava o espectador para a experiência, fazia parecer ser uma trama convencional. O primeiro filme do cineasta britânico Alex Cox, que alcançaria maior reconhecimento com “Sid e Nancy”, não pode ser sintetizado em uma sinopse, nem reduzido a um gênero específico, “Repo Man” fala diretamente ao período sociopolítico norte-americano da era Reagan, debochando ferinamente do vexaminoso fenômeno dos televangelistas, cutucando a ferida exposta da desilusão nacional extravasada em rompantes patrióticos caricatos e vazios, além de criticar a pasteurização da atitude punk na juventude da época. Ele também encontra espaço generoso para brincar com as convenções da ficção científica na subtrama do cientista e seu misterioso automóvel Chevy Malibu 64, com um porta-malas que desintegra todos aqueles que tentam descobrir o que está sendo carregado, uma espécie de McGuffin divertido, que foi homenageado por Tarantino em “Pulp Fiction”.

Quando Otto (Emilio Estevez) caminha pelas ruas de Los Angeles, ele encontra diversos adolescentes que agem de forma excessivamente agressiva, sem razão alguma, vestindo camisetas estampadas com seus ídolos na música, defendendo jargões batidos, uma rebeldia esquisita intensamente capitalista, nada orgânica, como na clássica frase “vamos comer sushi e sair sem pagar”, revolta de criança mimada, em suma, a visão estereotipada do movimento punk que o mundo do entretenimento eternizou em filmes tontos como “Desejo de Matar 3”. O rapaz acaba descobrindo que os seus colegas coroas de cobrança automobilística, marginais sem verniz estético algum, são, de fato, a essência do punk, nadando contra a corrente de um sistema que estabelece controle etiquetando a felicidade embalada para presente. Cox, genuíno apaixonado pelo tema, questiona o sentido dessa expressão artística, evidenciando a banalização midiática do espírito dessa subcultura.



* O filme está sendo lançado em DVD pela distribuidora "Versátil", com a curadoria sempre impecável de Fernando Brito, no digistack "Clássicos Sci-Fi, Vol. 3", que conta também com os filmes: "Colossus 1980", "Fase IV - Destruição", "Pânico no Ano Zero", "Daqui a Cem Anos" e "O Emissário de Outro Mundo".

MIS | Destaques da programação

19.02.2017

‘Estrelas Além do Tempo’: barreiras sendo derrubadas, além do tempo


Na década de 1960, auge da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, um grupo de mulheres negras quebra inúmeras barreiras dentro da NASA e se torna essencial para o sucesso dos Estados Unidos na corrida espacial que era travada com a União Soviética.
Mulheres. Negras. Em um ambiente majoritariamente masculino como é, ainda hoje, o universo da engenharia/física/matemática. Nos anos 60.
O último parágrafo foi repetitivo, eu sei, mas é que acho que valia a pena destacar com bastante ênfase esse contexto, que justifica, por si só, o entusiasmo que provoca a história contada em “Hidden Figures”. Quando o filme acabou, vi a sala de cinema explodir em palmas — algo que eu não presenciava há tempos.
O filme é sobre a história real de três mulheres geniais: Katherine G. Johnson (interpretada brilhantemente por Taraji P. Henson, que, injustamente, não foi indicada ao Oscar), Dorothy Vaughan (a sempre ótima Octavia Spencer, que levou o Oscar por “Histórias Cruzadas” e foi indicada de novo agora) e Mary Jackson (papel da cantora Janelle Monáe*).
Pergunta: se elas eram tão geniais e foram tão importantes na história do homem do espaço, por que nunca ouvimos seus nomes antes? Todos nós, superleigos, crescemos ouvindo falar de Yuri Gagarin, John Glenn, Alan Shepard, Neil Armstrong e até da cadelinha Laika. Mas nada de Katherines, Dorothys e Marys em nossos repertórios.
É simples: elas eram mulheres. E negras.
Esse filme já é incrível e tem grande mérito por tirar de debaixo do tapete a história dessas mulheres e das outras que formavam o time de “computadores humanos” da Nasa. Faz isso por meio de interpretações que já elogiei (e que incluem ainda outros bons atores, como Kirsten Dunst, Kevin Costner, Mahershala Ali e o eterno Sheldon Jim Parsons). Mas também por meio de um roteiro bem traçado, que tem seus lances de humor e romantismo, que tornam a história muito mais leve e ágil, mesmo passando por conceitos difíceis da ciência e com todas aquelas equações que mais parecem grego. (O roteiro também foi indicado ao Oscar.)
Ah, e ainda tem aquela trilha sonora! Que maravilha! Ruth Brown, Ray Charles, Miles Davis e outros monstros, em canções cheias de blues e soul.
Por tudo isso, “Estrelas Além do Tempo” (vamos combinar que a tradução do nome ficou breguíssima), que também concorre a melhor filme do ano, merece ser visto e estudado, ainda que reservando a devida crítica para a perspectiva temos-que-torcer-pelos-Estados-Unidos-uhuuuuu!. Na minha opinião, essa questão geopolítica perde peso diante das outras barreiras que vão sendo desmontadas na telona. Dos banheiros “para negras” às escolas “só para brancas”, passando pelas promoções que nunca chegam, pelas secretárias racistas e pelos tribunais e protestos. A luta estava sendo travada em várias frentes e foi só por isso que a segregação racial pôde ser, finalmente, tardiamente e legalmente, derrubada na terra de Obama.
Assista ao trailer do filme:

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

"O Corvo", de Alex Proyas


O Corvo (The Crow - 1994)

O músico Eric Draven e sua noiva Shelly são brutalmente assassinados na noite que precede o Halloween. Um ano depois, Eric volta do mundo dos mortos guiado por um corvo. Inicialmente sem lembranças do ocorrido, ele volta ao seu antigo loft onde recobra as memórias e a dor da morte, e então inicia uma caçada para vingar-se de seus assassinos.

Quando vejo o panorama atual frustrante das adaptações de quadrinhos no cinema, produções que objetivam a formação de um universo grandioso e se esquecem de contar uma boa história, os pés e mãos atados evitando qualquer ousadia que possa pesar negativamente nas bilheterias, começo a acreditar que o filão pomposo quantitativo de hoje não resiste a uma revisão mais atenta, enquanto os esporádicos projetos temáticos da minha adolescência seguem relevantes e eficientes. Eu só fui ler a graphic novel de James O’Barr alguns anos atrás, gostei bastante do texto, mas a arte não me encantou. Creio que pode ter sido consequência do impacto visual que o filme me causou na década de noventa, mérito da fotografia de Dariusz Wolski e de seu colaborador Robert Zuckerman que operaram um milagre com baixíssimo orçamento, o tom sombrio alcançado fazia as obras de Tim Burton parecerem radiantes, o ritmo se impunha já nos primeiros minutos com extrema segurança. A chuva constante que representa o lamento da cidade, a violência bruta filmada sem glamour, a atmosfera gótica acentuada pela ótima trilha sonora de Graeme Revell, elementos preciosos na experiência.

É claro que a atenção da mídia estava voltada para o trágico acidente que tirou a vida de Brandon Lee, o revólver que deveria estar com balas de festim, o ator Michael Massee, falecido recentemente, que equivocadamente apontou o cano na direção do protagonista, um conjunto de deslizes graves provocado pela estafa de uma equipe que trabalhava apenas nas madrugadas. O mais triste é constatar o talento que não teve chance de desabrochar. Brandon havia atuado em alguns genéricos de ação medianos, os produtores sempre tentando transformar o jovem em uma variação similar dos tipos vividos por seu pai, Bruce Lee, algo que ele lutava muito para que não acontecesse. Rochelle Davis, que interpretou a pequena Sarah, afirmou em uma entrevista posterior que o ator ficou tremendamente feliz ao saber que a menina não dava importância alguma para o parentesco do colega. Ele queria ser respeitado profissionalmente e sabia que “O Corvo” simbolizava sua entrada pela porta da frente em Hollywood. A dedicação dele é perceptível, o peso da culpa que o personagem sente é transmitido na forma de andar e nas inclinações de rosto.

O diretor Alex Proyas tem apreço por temas esotéricos, melancólicos, enigmáticos, fantasticamente surreais, apaixonado pelas obras de Tarkovski e Ridley Scott. Eu gosto muito de “Cidade das Sombras” e “Presságio”, o primeiro ganhou status cult, mas o segundo foi apedrejado pela crítica na época de seu lançamento, talvez eu tenha sido um dos poucos que elogiou a sua estética. “O Corvo”, com sua montagem frenética alternando presente e passado, estava muito à frente de seu tempo. O que me emociona sempre é o desenvolvimento da relação entre Eric e a menina, vítima da parentalidade irresponsável. Sarah se sente sozinha em um mundo dominado por adultos insensíveis. Ao perder seus únicos amigos, ela encara a realidade de crescer e se tornar uma cópia da mãe drogada e promíscua. O espírito vingador a abraça e a faz entender que a morte não significa o fim do sentimento. Aquele que vive nas sombras, devastado internamente, conforta a menina. A cura pela dor. É uma linda mensagem. 



* O filme está sendo lançado em DVD pela distribuidora "Classicline".

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

John Wick – Um Novo Dia Para Matar

O virtuosismo de um filme de ação.
Keanu Reeves é um ator peculiar. Desde o longínquo ano de 1986, ele vem chamando atenção, não por sua versatilidade no quesito interpretação, mas por ser uma pessoa simpática em tudo o que faz, trazendo integridade e verdade para seus personagens. Já fez o garoto de programa, o surfista ladrão, o jovem abobalhado, o violentado por mulheres, o budista, o policial, o advogado do diabo, o desenho animado e o exorcista. Mas o filme que o catapultou para o grande estrelato foi a trilogia Matrix, sendo um dos atores de salários mais altos e ainda com porcentagem sobre a bilheteria. Depois disso já estava provado que Keanu era ator que rendia grandes cifras e poderia estar envolvido em qualquer projeto. E os filmes de ação continuaram. Em 2014 ele chegou com John Wick, um assassino aposentado que volta à ativa depois de roubarem o seu carro e matarem o seu cachorro. Isso mesmo. E, talvez por isso, o filme tenha feito tanto sucesso e seja tão bom. Ele ganha pela simplicidade dos fatos, feitos com grande maestria.
Agora ele volta com mais um episódio em que John Wick precisa, novamente, deixar a aposentadoria pra mais tarde, sendo obrigado a matar a irmã de Santino D’ Antonio, o próprio que contratou o serviço. Isso é só o começo.
John Wick – Um Novo Dia Para Matar – é um filme que subverte os seus acontecimentos. Já, de início, no primeiro assassinato, nada acontece como o esperado, nada é correto, tudo vira uma bola de neve. Situações que puxam outras situações. As mortes, que não são poucas, são feitas da forma que, se piscarmos os olhos, perderemos pelo menos uma dúzia delas. É a edição fazendo o que ela sabe de melhor. As lutas, diga-se de passagem, são coreografias em estado puro da brutalidade, mas com delicadeza (ou rapidez) nos gestos. São movimentos que nunca beiram a superficialidade, existindo até pausa para a bebida. Aqui não precisa acontecer a catarse do protagonista. Ele precisa se defender, ele precisa matar, simples assim, e assim acontece. John Wick é atropelado várias vezes, ganha tiros, cai, recebe muitos socos e levanta cambaleando, mas sempre está de pé.  Em certos momentos, parece personagem de desenho animado e por isso é tão bom. E Keanu Reeves tem uma dose de ironia que lhe é tão peculiar, como no momento em que está sendo revistado e uma bela mulher apalpa suas partes baixas, só ele consegue aquela cara de susto.
O roteiro ainda brinca com a situação do filme anterior. Certo personagem avisa que John Wick está chegando, um só um, mas era o dono do “cachorro” e do “carro”. Sua cara de desespero é a melhor. A ironia está em cada canto da história. Pra quê coisa melhor do que o olhar do atendente do hotel, que sempre está disposto a ajudar John Wick? A dualidade das emoções de John Wick (o cuidado com o cachorro e a falta de piedade ao matar quem quer que seja). São essas pequenas nuances que fazem John Wick se tornar um gigante dos filmes de ação. Ele é diferencial das centenas de histórias que chegam com tiros, porradas e bombas.
John Wick, por algumas vezes, remete ao grande sucesso da carreira de Keanu Reeves. Na primeira é a rápida aparição do ator Laurence Fishburne, que tão bem encarnou Morpheus na trilogia Matrix e, na outra, é de uma cena numa sala de espelhos em que os personagens se multiplicam, lembrando, em parte, do vilão Agente Smith, vivido por Hugo Weaving, que vira vários em momento chave de Matrix Reloaded. Falando em personagens, os de Um Novo Dia Para Matar são todos maravilhosos de apreciar. O que falar da vilãzinha que se comunica pela língua de sinais e, Keanu Reeves ainda dá uma palhinha na linguagem.  Common, o rapper, agora ator, tem uma ótima presença em cena e suas lutas com John Wick são de tirar o fôlego. O personagem Santino D’Antonio é outro cheio de nuances, aquele que aparenta ter o poder do mundo em suas mãos, ou melhor, nos seus olhos. Ricardo Scamarcio, o ator, engrandece a cena em cada aparição. Isso, sem falar nas ótimas presenças de Franco NeroIan McShaneLance Reddick e John Leguizamo. Um elenco brilhante. Assim, John Wick – Um Novo Dia Para Matar – chega para ser, sem sombra de dúvidas, uma das melhores produções de ação do ano. É um filme que, em momento algum, tem medo de misturar o exagero (queria ter contado o número de mortos) com o humor negro, com personagens falando outras línguas, com um balé de corpos em luta, com brigas sem trilha sonora ou com elas, tudo feito com maestria e, claro, um “cachorrinho” adorável. John Wick, você pode voltar quando quiser, será sempre bem-vindo.
Nota do CD:
★★★★½
Sinopse:John Wick precisa, novamente, deixar a aposentadoria pra mais tarde, sendo obrigado a matar a irmã de Santino D’ Antonio, o próprio que contratou o serviço. Isso é só o começo.
Trailer do Filme:
Ficha Técnica:
Gênero: Ação
Direção: Chad Stahelski
Roteiro: Derek Kolstad
Elenco: Alex Ziwak, Aly Mang, Angel Pai, Bridget Moynahan, Common, Crystal Lonneberg, Heidi Moneymaker, Ian McShane, John Leguizamo, Keanu Reeves, Lance Reddick, Laurence Fishburne, Marko Caka, Marmee Cosico, Nancy Cejari, Peter Stormare, Riccardo Scamarcio, Ruby Rose, Thomas Sadoski, Tobias Segal, Toshiko Onizawa
Produção: Basil Iwanyk
Fotografia: Dan Laustsen
Montador: Evan Schiff
Trilha Sonora: Joel J. Richard, Tyler Bates
Ano: 2017
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Paris Filmes
Estúdio: Lionsgate Films / PalmStar Media / Thunder Road Pictures

Aliados

Quando vi pela primeira vez o trailer de Aliados fiquei bastante animado com as possibilidades que a ideia principal da película poderia suscitar em sua trama. Além disso, os nomes envolvidos – Pitt, Cotillard e Zemeckis – juntamente com da polêmica envolvendo a sua produção (já que especula-se que um romance entre Pitt e Cotillard foi responsável pelo termino do casamento do rapaz) me intrigavam bastante. Infelizmente esse entusiasmo foi se esvaindo ao longo dos 120 minutos de projeção, Aliados tem potencial, mas a execução fica aquém do impacto que realmente causou a este espectador.
Em Aliados, os espiões Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard) se apaixonam durante uma missão no Marrocos para eliminar um embaixador nazista. Os dois se casam, mas anos depois Max é informado que passa sua esposa tem conexão com os alemães e seria na verdade uma espiã. Ele se vê então angustiado e vai dar início a uma investigação sobre o passado de Marianne para provar a sua inocência.
O primeiro ato do longa se desenvolve em Marrocos, quando Max e Marianne se conhecem e constroem a sua relações como espiões e amantes. Nesse incio o longa mostra-se promissor, elucidando a rotina de ambos como espiões mas peca por não consegui transpor paixão no olhar e nas ações de seus protagonistas; falta química entre os atores.
O segundo ato da trama se desenvolve em Londres quando Max e Marianne se estabelecem como casal que vivem a vida de marido e mulher na cidade que está sob constante ataque dos nazistas. Nesse ponto a projeção foca ainda mais em Max, sua rotina e seu olhar para o mundo que o cerca. As questões suscitadas sobre suas escolhas pessoais se tornam mais distantes e a imersão dentro de sua vida profissional é bem superficial.
O desfecho do filme tem momentos mais angustiantes para o espectador quando Max busca a verdade sobre a sua esposa e questiona que tipo de escolhas fará pela mulher que ama ou sua pátria. Infelizmente o impacto dessa sequencia final não é tão sentido porque falta química entre os protagonistas, além disso a relação do casal foi pouco desenvolvida do segundo ato em diante fazendo com que o espectador não sinta vontade de proteger a relação amorosa desse casal.
Aliados termina não entregando a carga de drama necessária para tocar o espectador, as relações entre Max seus colegas e a sua própria esposa não se desenvolvem a ponto de se criar um conflito de escolhas para aqueles que assistem a sua projeção. Falta tempo de tela e também argumentos no roteiro para que os dilemas suscitados realmente façam sentido. No final das contas Aliados termina sendo um filme genérico sobre guerra e espionagem que não marcará a filmografia de nenhuma dos envolvidos além de não deixar lembranças na memória afetiva dos que forem conferi-lo nos cinemas.
Nota do CD:
★★☆☆☆
Sinopse:
Os espiões Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard) se apaixonam durante uma missão no Marrocos para eliminar um embaixador nazista. Os dois se casam, mas anos depois Max é informado que passa sua esposa tem conexão com os alemães e seria na verdade uma espiã. Ele se vê então angustiado e vai dar início a uma investigação sobre o passado de Marianne para provar a sua inocência.
TRAILER:



FICHA TÉCNICA:

Título no Brasil: Aliados
Título Original: Allied
Ano Lançamento: 2016
Gênero: Drama / Romance / Suspense
País de Origem: Reino Unido / EUA
Duração: 124 minutos
Direção: Robert Zemeckis
Estreia no Brasil: 16/02/2017
Estúdio/Distribuidora: Paramount Pictures
Elenco: Brad Pitt, Marion Cotillard, August Diehl, Lizzy Caplan, Jared Harris, Marion Bailey, Josh Dylan, Anton Lesser, Thierry Frémont e Vincent Latorre.

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS - 20 FILMES IMPERDÍVEIS


Lewis Carroll , nome famoso na literatura, na verdade se chamava Charles Lutwidge Dodgson  É autor do clássico livro "Alice no País das Maravilhas", além de outros poemas escritos  ao longo de sua carreira literária.

A gênese de Alice deu-se em 1862, quando Carroll fazia um passeio de barco no rio Tâmisa com sua amiga Alice Pleasance Liddell (com 10 anos na época) e as suas duas irmãs. Ele começou a contar uma história que deu origem à atual, sobre uma menina chamada Alice que ia parar em um mundo fantástico após cair numa toca de um coelho. A Alice da vida real gostou tanto da história que pediu que Carroll a escrevesse.

Carroll  surpreendeu-a, dois anos depois, com um manuscrito chamado Alice's Adventures Underground. Mais tarde ele decidiu publicar o livro e mudou a versão original, aumentando-a . A primeira tiragem teve problemas de impressão e foi recolhida. Já a segunda, esgotou-se rapidamente. O resto...é história.

Abaixo listei 20 versões imperdíveis. Não são as únicas, mas são essenciais para conhecer a obra e algumas interpretações bem diferentes da história.

Boa sessão:


Aos 19 anos, Alice volta ao País das Maravilhas, fugindo de um casamento arranjado. No mundo mágico, ela reencontra os personagens estranhos, como o Chapeleiro Maluco, a Rainha Branca e a Rainha Vermelha, inspirados na obra de Lewis Carroll. É nessa jornada fantástica que a jovem tentará encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha.


Tim Burton aplicando cores em seu mundo gótico, Depp exagerado como chapeleiro, efeitos que distorcem a ideia de realidade e 1 bilhão nas bilheterias, fazem este filme curiosamente indispensável. 

Uma estudante Americana de direito em Londres, Alice, é atropelada por um táxi preto e acorda com amnésia num mundo a quilômetros de distância de casa. Agora, vai viver uma aventura num mundo completamente estranho e bizarro cheio de indivíduos estranhos e malvados.

É uma releitura do conto de Lewis Carroll. E para todo fã da história, sempre que ela é contada de uma forma diferente, vale a conferida.

Phoebe Lichten (Elle Fanning) sonha em participar da peça "Alice no País das Maravilhas", que será encenada na sua escola, mas é sempre rejeitada pelos colegas de classe. Isto faz com que seu comportamento piore cada vez mais, preocupando seus pais, Hillary (Felicity Huffman) e Peter (Bill Pullman). Eles tentam ajudar a filha, mas Phoebe prefere se esconder em suas fantasias. Aos poucos, ela passa a confundir a realidade com seus sonhos.

A primeira versão do roteiro foi escrita um ano antes do nascimento da protagonista Elle Fanning. Apesar do filme, em teoria, contar uma história diferente, em algum ponto Ellen vai se tornando a Alice de Carroll. Saiu em dvd no Brasil.

As aventuras de uma garotinha, Alice, seguindo um coelho branco, escorrega por uma toca e se depara com o País das Maravilhas - uma terra de sonho onde encontra muitas criaturas e personagens que a vão levar por esse mundo de fantasia.

Um clássico é isso. Uma história que a gente sempre quer conhecer, rever, mostrar para quem não conhece, partilhar a experiência. Por isso, nunca é tarde (Como diria o Coelho Branco) para ver, sempre e sempre, as aventuras de Alice e sua gatinha no mundo das maravilhas. Uma versão ano 2000, enriquecida com os mais fantásticos efeitos especiais, reunindo um elenco dos melhores artistas do cinema da atualidade. Mas fiel à fabulosa imaginação de Lewis Carroll que, justamente, tornou essa história imortal.

Uma paródia de Alice no País das Maravilhas é o fio condutor desta visão da história e da cultura russas, da Revolução de 1917 até a época atual. A jovem Alice, depois de encontrar duas figuras representando Lênin e o czar Nicolau despertando um bebê chamado Rússia, presencia o nascimento de novas formas de arte, a perseguição do compositor Shostakovich pela rainha vermelha Stalin e o surgimento do Realismo Socialista. Depois, o gato Glasnost mostra-lhe as principais manifestações da Rússia contemporânea.

Dirigido em forma documental por Ken Russell??

Quando Alice seguiu o Coelho Branco no País das Maravilhas, iniciou-se assim uma surpreendente e perigosa aventura onírica pelo mundo infanto-juvenil. 

O animador tcheco Jan Svankmajer criou uma obra-prima, interpretando de maneira mais surreal e absurda possível o clássico conto de Lewis Caroll. Combinando técnicas de animação e atores reais, ele deu uma nova e fascinante dimensão para uma das melhores fantasias já escritas.

Nada é mais normal desde que Alice perseguiu um estranho coelho branco e entrou na aventura de conhecer o País das Maravilhas, que se torna cada vez mais instigante. Fugindo da Rainha de Copas, Alice terá de descobrir uma maneira de voltar para casa, contando com a ajuda de novos amigos.

Uma das maiores fantasias infantis, aqui adaptada, cheia de cores e magia. Filmada de forma completa, ao longo de mais de 3 horas, você conhece toda trajetória de Alice pelo país das maravilhas e através do espelho.

Explorando o lado escuro e mais misterioso do clássico escrito por Lewis Carrol (Alice no País das Maravilhas), o filme mostra Alice Liddell (inspiração para o livro) como uma mulher idosa que relembra como foi sua infância e sua relação com Charles Dodgson (Lewis Carrol).

É uma adaptação estilo "Em busca da terra do nunca (2004)", onde conhecemos os personagens fora do livro. Sensacional.

A trama segue Alice, que segue o coelho branco por um mundo estranho, onde conhece figuras exóticas, sendo algumas amistosas, outras não.

Meryl Streep como Alice? Esta pouca gente sabia. É o clássico teatro filmado, muito comum em adaptações clássicas. Foi inclusive lançado em dvd lá fora. E outro detalhe, o filme é dirigido por Emile Ardolino. Para quem não lembra, ele fez Dirty Dancing: Ritmo Quente (1987) e Mudança de hábito (1992), que são dois clássicos da sessão da tarde. 

Alice Carol (clara alusão à Alice, de Lewis Carroll) é uma esposa que decide deixar o marido e a vida burguesa que não suporta mais. Ela parte de carro sem destino até que o para-brisa quebra, forçando-a a parar em uma velha casa, onde conhece um senhor que parecia já estar a sua espera e passa a viver um pesadelo bizarro e incrivelmente perturbador. Ela tenta ir embora, mas não consegue, terminando por enfrentar situações assustadoras. 

Filme enigmático e surreal, dirigido por Claude Chabrol e estrelado pela bela Sylvia Kristel. É uma variante do clássico de Lewis Carroll.

O filme conta a história de uma garota virgem que se recusa a ceder aos avanços do namorado – até que, em um sonho, visita o País das Maravilhas, onde… Enfim: apesar da canastrice bem-humorada (ou talvez por causa dela), o filme tornou-se um dos maiores sucessos do cinema adulto de todos os tempos. Embora não haja números oficiais, estima-se que tenha arrecadado cerca de US$ 100 milhões em todo o mundo. 

Porque sexualizaram a história. Se tornou um sexploitation com cenas explícitas, mas imperdível. Merece figurar na lista das 10 adaptações mais interessantes e diferentes do conto de Lewis Caroll.

Alice (Fiona Fullerton), uma menina curiosa e cansada de seu mundo monótono, vê um coelho branco e passa a seguí-lo, caindo em um buraco que a leva ao mágico e maluco País das Maravilhas. Lá ela conhece diversos personagens como o Gato Risonho, a Lagarta e o Chapeleiro Maluco, além de participar de um jogo com a temida Rainha de Copas.

Adaptação musical do conto de Lewis Caroll unindo Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho. Vencedor de dois prêmios BAFTA, melhor fotografia e melhor figurino.

Alice Trempton é uma garota pacata de uma bucólica família suburbana americana. Sua vida vira do avesso depois que conhece uma hippie. Um mundo novo se abre depois que ela experimenta LSD, maconha e sexo livre. 

Narrado em tom “didático”. Alice na terra dos ácidos, é um clássico do “Exploitation”, subgênero do cinema underground que explora o sexo de forma exagerada e divertida. Uma paródia alucinógena de "Alice no País das Maravilhas".

Alice chega ao País das Maravilhas, onde conhece seres estranhos.

Uma releitura subversiva e assustadora da clássica fantasia infanto-juvenil de Lewis Caroll .Peter Sellers, Michael Gough, Leo McKern, Michael Redgrave são alguns dos nomes que fazem a produção feita para a tv imperdível, encomendada pela BBC, que não poderia ficar de fora de uma lista com adaptações. Ele foi lançado no Brasil pela Magnus opus.

Após seguir um coelho de colete e relógio, Alice embarca em uma aventura por um mágico mundo cheio de figuras inusitadas. Tentando encontrar o coelho, acaba conhecendo diversos personagens marcantes e se envolve em grandes confusões. É um dos filmes mais surrealistas que a Disney já fez.

Disney. Precisa de mais algum motivo?

Adaptação francesa da clássica aventura de Alice, que segue um coelho branco até a sua toca e se vê no fantástico país das maravilhas. Nessa nova terra, Alice encontrará diferentes criaturas e passará por diversas situações, entre elas a de mudar de tamanho múltiplas vezes.

O País das Maravilhas ganha cores na produção francesa do diretor britânico Dallas Bower, que mistura atores e técnicas de stop-motion. Sem a força dos grandes estúdios norte-americanos, o filme não fez sucesso na época e até hoje é desconhecido da maior parte do público, apesar de sua qualidade.

Em uma entediante tarde de inverno, Alice sonha que está visitando o mundo através do espelho. A viagem se mostra um pesadelo surrealista, com toda sorte de acontecimentos estranhos, como mudanças em seu tamanho e jogos de críquete com flamingos. 

O clássico dos estúdios Paramount, lançado em 1933, foi a primeira adaptação de Alice para o cinema falado, seis anos após o surgimento da técnica em O cantor de jazz (1927). O filme conta com a participação de atores consagrados, como Cary Grant, Gary Cooper e W. C. Fields

Primeiro filme falado da adaptação de Alice no País das Maravilhas, no qual a curiosa menina, em um passeio com sua tia, é chamada a atenção de um coelho branco, que a leva para uma nova terra onde há diferentes criaturas e muita aventura.

Bom, é o primeiro filme falado da Alice e isto por sí já é um marco. 

Filme mudo norte-americano da adaptação do clássico de Lewis Carroll. Alice vai com sua irmã para um piquenique e, em seguida, ela cai no sono e começa a sonhar com uma terra de maravilhas, cheia de animais falantes e andantes cartas de baralho.

É o filme mudo da lista. E vale a pena conhecer como criaram aquele universo para um longa naquela época.


Alice é um filme mudo do Reino Unido, baseado na clássica história de Lewis Carroll, Alice no país das maravilhas, uma das mais célebres do gênero literário, sendo considerada obra clássica da literatura inglesa. O filme conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas. Foi dirigido por Cecil Hepworth e estrelando May Clark no papel de Alice.