sábado, 19 de novembro de 2016

“Cinema Novo”, documentário sobre o movimento cinematográfico dos anos 1960, inova ao contar história a partir de colagem de 130 filmes do período


O documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, sobre o movimento cinematográfico que revolucionou a produção brasileira nos anos 1960 e 1970, é tudo que você poderia e não poderia esperar.

Primeiro que ele não é um filme preocupado com uma narrativa tradicional. A produção é composta por uma colagem de cenas de 130 filmes do período, intercaladas com depoimentos dos principais expoentes do movimento como o pai do diretor, Glauber Rocha, ao lado de Nelson Pereira dos Santos, Leon Hirszman, Cacá Diegues, Paulo César Saraceni, Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade e Gustavo Dahl. Mesmo se você é familiar com o assunto, não é difícil se perder na montagem singular do filme: um ensaio poético que não está preocupado com a cronologia ou contextualização.

Mas se você levar em consideração o espírito contestador do Cinema Novo, que assumiu a questão do subdesenvolvimento do país ao se voltar para produções de baixo custo que retratavam a realidade brasileira – mesmo que isso acarretasse na repressão e censura pela ditadura militar. “Mesmo que a pessoa não conheça o movimento, ela se conecta com uma energia criativa, estética e política”, define o cineasta.

Mas para aqueles que querem uma experiência mais didática, o filme também vai se desdobrar numa série. Serão seis capítulos de 26 minutos e está prevista para estrear no final de dezembro, no Canal Brasil. “Se o documentário aposta na experiência, tem um caráter quase de uma instalação de arte, a série será cronológica e em um formato mais tradicional”, avisa o diretor.

O filme, que estreou nacionalmente no último dia 3, foi premiado com “Olho de Ouro” no Festival de Cannes deste ano, como melhor documentário. Eryk concedeu entrevista ao TELA BRASIL na véspera de sua viagem para Nova Iorque, aonde o longa de 90 minutos será exibido na a mostra “The Contenders”, organizada pelo MoMa. “O filme está abrindo um diálogo entre gerações, sobre um movimento quase esquecido. Até os jurados de Cannes admitiram que tinham pouca familiaridade com o Cinema Novo”, afirma.

Cinema Novo é um filme muito atual. As décadas passam e certos problemas do cinema brasileiro (e do Brasil) permanecem sem solução. Como um filme sobre os anos 1960 pode refletir o presente do país de forma tão contundente?
Apesar de nos debruçarmos sobre um período histórico, é um documentário que quer falar do agora e pensar no presente. Que não enxerga o Cinema Novo como coisa congelada. Ele é um filme feito em 2016, é bom lembrar. A gente trouxe o que há de mais pertinente do discurso dos autores hoje, seja na política, na questão social e no próprio cinema. O filme é permeado pelo movimento, pela corrida, pela marcha. É justamente isso, um olhar do Cinema Novo como uma metáfora do Brasil atual. Por que as questões abordadas naquele período permanecem vivas, como uma ferida aberta. São desafios para minha geração e a para a próxima. O Cinema Novo foi um movimento seminal para os anos 60, é o movimento mais importante da história do Brasil, talvez o mais importante do mundo. É um filme feito pra relembrar pra onde a gente veio. E, mais importante, mostrar pra onde a gente deve seguir.

Por que você evitou definir ou explicar o Cinema Novo?  Você não acha que essa abordagem pode afastar quem não tem familiaridade com o movimento? Afinal o projeto de formação de público era uma das principais preocupações dos diretores da época.
Acho que não. Não é um filme sobre o Cinema Novo, é um filme com o Cinema Novo. Os diretores são os personagens, eles falam em primeira pessoa, sem intermediários. O filme eclode desses autores e pensadores, ele nasce de dentro dessa aventura. O filme é uma carta de amor a uma geração que deu a vida pelo cinema e pelo Brasil. É uma carta e uma canção de amor. Tem uma partitura. Por mais que você não conheça, essa música te conecta. É como dizia o Humberto Mauro: cinema é cachoeira.

Por que se voltar apenas ao material de arquivo para contar essa história? Os depoimentos dos cineastas ainda vivos dariam outra perspectiva sobre o legado do movimento?
Eu filmei cerca de 20 entrevistas dos cineastas vivos, e apenas os áudios dessas entrevistas foram usadas. A escolha de não usar imagem é pra romper uma mediação racional entre o passado e o presente. Esses senhores avaliando o legado Cinema Novo iriam criar uma racionalidade que não interessava no filme.  A gente tinha uma multidão de materiais disponíveis. Só de filmes, tínhamos 130. Além de entrevistas para a televisão, filmes caseiros, making of e reportagens. Portanto, o corpo do filme é composto por muitos corpos. Ele incorpora essa matéria prima para criar um novo corpo que dialoga e transforma.

[Resenha/Crítica]: Elle

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A última edição do Festival de Cannes nos trouxe exemplares dignos do Maior Festival de Cinema do Planeta. Além do Espetacular Aquarius, super representante do melhor cinema Brasileiro, outro competidor que se destacou positivamente foi o longa “Elle”, que estréia nesta semana em Circuito Nacional.
Dirigido pelo Holandês Paul Verhoeven, que nos brindou com os ótimos “Instinto Selvagem”, “O Vingador do Futuro”, a primeira versão de “Robocop” e o polêmico “Showgirls” – igualmente odiado e adorado por muitos.
O Diretor possivelmente encontrou em Isabelle Huppert ( Amor “A Professora de Piano”, “Madame Bovary” e outras pérolas) o veículo perfeito para sua visão de mundo. Em seu primeiro filme em francês, Elle, o provocativo diretor deixa nos ombros da atriz parisiense a responsabilidade por tornar possível um roteiro que deve causar polêmica entre certos grupos feministas.

O filme, afinal, abre com a brutal cena do estupro da protagonista. Poderosa proprietária de uma desenvolvedora de games, Michelle (Huppert) é violentada em sua própria casa. No entanto, o evento parece apimentar nela suas fantasias eróticas, além dos esperados sentimentos de vingança.

A princípio tal premissa parece extremamente ofensiva, algo contrário a todo o empoderamento feminino pelo qual batalha-se hoje. Mas Verhoeven é um mestre como poucos. E da sua aliança com Huppert sai um filme memorável.

Dessa ideia controversa ergue-se uma heroína formidável. Da brutalidade e humilhação não brota uma mulher vingativa, mas alguém que, ainda que se sinta ofendida, usa sua nova realidade para fazer mudanças. Ao ver-se privada de seus direitos, a protagonista se enrijece em sua determinação por controle, e fica mais feminina no processo.

O fato de ela ser uma desenvolvedora de games não é gratuito. Enquanto enfrenta seus próprios demônios – um filho imbecil, uma mãe prestes a embarcar em um casamento de conveniência, um amante carente e, por último, um pai assassino serial -, Michelle lidera na empresa uma equipe completamente masculina, em um meio essencialmente machista. E a história que é contada no jogo, pelos cantos do filme, reflete a própria transformação da heroína.

O roteiro de Verhoeven e a atuação da francesa são tão bons que em momento algum isso parece uma jornada de redescoberta ou coisa assim. Michelle não foi forçada a mudar pelo ocorrido. Ela domina todas as suas escolhas – da primeira à última do filme. O estupro foi um infortúnio, que ela dobra e consome sua energia, como num inimigo derrotado nos games.

Baseado no romance Oh…, de 2012, de Philippe DjianElle é preciso, incisivo e cuidadosamente costurado, com doses equilibradas de humor negro e sarcasmo que Huppert entrega intensamente. É Verhoeven em um dos melhores momentos de sua brilhante carreira.
Sinopse:
Michele é a executiva-chefe de uma empresa de videogames e muito bem-sucedida na profissão, apesar de odiada por alguns de seus funcionários. Com um passado obscuro e uma relação conturbada com a mãe, ela aparenta ser uma pessoa fria e sarcástica e isso se estende a sua vida amorosa. Entretanto, sua rotina rígida e organizada é quebrada depois que ela é atacada por um desconhecido dentro de sua própria casa.
Ficha Técnica:
Gênero: Thriller
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: David Birke
Elenco: Alice Isaaz, Anne Consigny, Anne Loiret, Arthur Mazet, Charles Berling, Christian Berkel, David Léotard, Hugo Conzelmann, Hugues Martel, Isabelle Huppert, Jonas Bloquet, Judith Magre, Laurent Lafitte, Loïc Legendre, Lucas Prisor, Nicolas Beaucaire, Raphaël Lenglet, Stéphane Bak, Vimala Pons, Virginie Efira
Produção: Michel Merkt, Saïd Ben Saïd
Fotografia: Stéphane Fontaine
Montador: Job ter Burg

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Santa, mulher, mãe e humana: Documentário ‘Marias’ fala sobre o feminino ao retratar a devoção a Nossa Senhora na América Latina

“Eu sou filha de mãe judia e pai católico. Fui estudante de colégio católico. Isso mais me afastou da religião do que aproximou”, conta Joana Mariani, diretora do documentário “Marias – a fé no feminino”. O filme foi uma forma de conciliar sua racionalidade com a fé, ao registrar as celebrações da Virgem Maria no Brasil, Cuba, México, Peru e Nicarágua.

Rodado entre 2009 e 2013, a produção apresenta diversos devotos que falam sobre Maria e o que a santa representa para elas. A obra nem sempre explora o viés religioso, como é o caso de Maria Helena Chartuni, responsável pela restauração da imagem da santa que ficava na Basílica de Aparecida (SP) quando ela sofreu um atentado em 1978. “Maria foi a primeira feminista do mundo. Você imagina que com 15, 16 anos, ela recebe a notícia de que ela vai engravidar, solteira, em uma sociedade em que as mulheres eram apedrejadas. Precisa ter muita coragem”, diz a artista em depoimento ao filme.

“Eu sempre tive muita fé. O que eu não tinha era a necessidade de um intermediário. Sempre entendi a fé como algo mais amplo, como uma energia. O documentário me ajudou a entender a devoção e enxergar Maria como igual. Ela é mulher, mãe e representa o amor incondicional”, define a diretora.

Em entrevista ao TELA BRASIL, Joana Mariani conta sobre as diferenças e semelhanças culturais em trono do culto a Nossa Senhora na América Latina registradas no documentário, que tem estreia em circuito comercial prevista para amanhã (17).

O filme oferece uma imagem progressista de Maria, associando-a até com o feminismo. Como foi a reação da Igreja Católica ao filme?

Agora com o lançamento do filme, eu tenho algum tipo de relação com igreja. Eu não me propus a fazer um filme religioso. O que me surpreendeu é que o filme foi muito bem recebido pela igreja, apesar do filme não poupar críticas. Como é o caso da freira que largou o hábito pra se juntar a resistência à ditadura de Franco na Espanha. Maria Lopez, que é jornalista e vive na Nicarágua, questiona duramente o maior dogma do catolicismo. Ela acha uma aberração que a Igreja Católica defenda que Maria e José sejam uma inspiração de sagrada família. De acordo com ela, como é possível uma família sem relações sexuais? Que proposta de mãe é essa que não sabe quem concebeu o filho? Mas mesmo assim, o “Marias” foi exibido em um evento promovido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, com o apoio da comunicação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A projeção aconteceu no Pão de Açúcar, usando o Cristo Redentor como tela!

Se você não tinha a pretensão de fazer um filme religioso, qual foi o ponto de partida do documentário?

A ideia original partiu de uma amiga fotógrafa Arlete Soares, que tinha esse projeto de livro chamado “Padroeiras da América Latina”. Ela me contou que todas as padroeiras de países latino-americanos eram Nossas Senhoras e que ia fotografar as festas. A primeira vista, pode parecer um assunto exclusivamente católico. Mas logo percebi que não era um filme só sobre fé, era um filme sobre o feminino. É uma identificação pela essência dessas mulheres que são mães e atendem nossos pedidos. Outro aspecto é o de resistência cultural, na forma do sincretismo religioso. O culto a Nossa Senhora, por exemplo, remete a crenças muito mais antigas, como é o caso da Virgem de Guadalupe, no México. Os espanhóis faziam os templos sobre as terras sagradas, logo Tonantzi, a mãe dos deuses na cultura indígena, se transformou na virgem católica de pele morena. Esse sincretismo também é percebido no Brasil, com a figura de Iemanjá.

Fé e reflexão parecem não combinar. Como você conseguiu unir as duas coisas no documentário?

Você não dirige um documentário, ele te dirige. Mas eu gostei de encontrar gente que tinha essa dualidade. Uma fé latente e um lado racional. Não uma fé sem explicação. Ao mesmo tempo, se permitindo vivenciar esse sentimento puro. Vou falar uma bobeira. Durante a exibição que iríamos fazer no Cristo Redentor, o local estava coberto por uma neblina que não conseguíamos ver um palmo a frente. Um dos padres rezou, pedindo por uma intervenção. Na hora marcada, o céu ficou limpo. Racionalmente, eu não acredito. Mas eu vivi aquilo e foi um momento lindo. É como disse um dos entrevistados, o músico cubano José Maria e Silvia define: a crença implica, precisa da dúvida.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Inscrições abertas para a 7ª Edição do Festival Celucine de Micrometragens 2016

Concurso de filmes digitais aberto para o Brasil e países de língua portuguesa 
chega a sua sétima edição. Inscrições vão até 20 de novembro

Até 20 de novembro é possível se inscrever para a 7ª edição do Festival Celucine de Micrometragenspela internet e de forma gratuita. Idealizado em 2008 pela Associação Revista do Cinema Brasileiro em parceria com a Oi/Oi Futuro, no Rio de Janeiro, o festival incentiva a criação, produção e difusão de conteúdos audiovisuais.  

Os filmes de tema livre, de origem de todo o Brasil e países de língua portuguesa, que tenham duração de trinta segundos  até três minutos, gravados exclusivamente em plataformas digitais, como câmeras de celulares e câmeras digitais, podem participar da competição nas categorias Ficção, Documentário e Animação. 

Além dos prêmios oficiais de tema livre inscritos nas categorias Ficção, Documentário ou Animação, a Certisign, Patrocinadora Máster do Festival, que fez 20 anos em 2016 está oferecendo um prêmio especial em cada categoria para quem fizer a melhor viagem para 20 anos atrás. 

Você já pode ir pesquisando o que estava rolando em 1996, que pode virar o seu filme. Viaje com a gente na #20anosatras. Em um mundo que se transforma cada vez mais rápido, expressar algo de 20 anos atrás pode ressaltar muitos fatos especiais para o momento e inspirar a imaginação de muitas formas.

A disputa é válida somente para produções inéditas, em qualquer mídia digital, de autoria de estudantes, amadores e profissionais, com idade a partir de 16 anos. No dia 05 de dezembro, os cinco finalistas de cada categoria serão anunciados, após avaliação de uma banca formada por profissionais da área audiovisual, e ainda publicado na fanpage do festival  www.facebook.com/Festival.Celucine, onde as inscrições podem ser realizadas e onde é possível encontrar o regulamento completo.

O anúncio dos vencedores do Festival Celucine será no dia 15 de dezembro, durante cerimônia no Oi Futuro Ipanema. O vencedor de cada categoria receberá o prêmio de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).  Os melhores filmes nas categorias Ficção, Documentário e Animação serão escolhidos por um júri oficial formado pela atriz Natália Lage, o ator e diretor Roberto Bomtempo e o cineasta e membro do Conselho Federal da BRAVI (Brasil Audiovisual Independente) Marco Altberg. O Festival Celucine tem patrocínio máster da Certisign, patrocínio da RioFilme e Lei Rouanet e apoio do Oi/Oi FuturoCanal Brasil e Twitter. A realização é da Associação Revista do Cinema Brasileiro.



PRODUÇÃO DO FESTIVAL
Festival Celucine de Micrometragens
Realização:
 Associação Revista do Cinema Brasileiro
Inscrições: até 20 de novembro, pela página do www.facebook.com/Festival.Celucine
Inscrições gratuitas

Assessoria de Imprensa
A Dois Comunicação: Anna Accioly [J.P 19.940 RJ]
                          Anna Accioly (21) 98616-6688 - anna.accioly@adoiscom.com
Carolina Oliveira (21) 98351-1224 - carolina@adoiscom.com

terça-feira, 15 de novembro de 2016

"O Chaplin Que Ninguém Viu", de David Gill e Kevin Brownlow



O Chaplin Que Ninguém Viu (Unknown Chaplin – 1983)

O dedicado garimpo dos historiadores David Gill e Kevin Brownlow fornece imagens dos bastidores, entrevistas com testemunhas oculares dos projetos, registros de convidados ilustres nas filmagens e tomadas alternativas de cenas clássicas. Ao percebermos quantas possibilidades cômicas ele conseguia extrair de uma simples situação, constatamos a genialidade de alguém que verdadeiramente se importava com essa ferramenta, alguém que lutava para transcender todas as limitações, criando no momento e seguindo o instinto, sem roteiro, testando variações como um pianista perfeccionista e apaixonado.

O segmento inicial, “Os Anos Mais Felizes”, foca no período dele no estúdio Mutual, primeira vez em que ele alçou voos maiores em curtas com total controle criativo. A quantidade absurda de negativos utilizada, por vezes em sequências que acabavam não sendo usadas, demonstra a empolgação do jovem em marcar seu nome na indústria. Vale ressaltar também sua esperteza em elaborar truques visuais aparentemente simples, mas engenhosos, pra potencializar o impacto cômico das cenas. O segundo segmento, “O Grande Diretor”, apresenta a natureza mais conflituosa e temperamental do artista, alguém capaz de refazer um filme inteiro apenas pra trocar a atriz principal. O foco nos longas “O Garoto”, “Em Busca do Ouro” e “Luzes da Cidade”, representa a maturidade profissional de Chaplin. Já o terceiro segmento, “Tesouro Escondido”, joga luz em sequências descartadas de seus filmes, incluindo testes e brincadeiras que seriam aprimoradas em suas produções futuras. É uma valiosa colcha de retalhos em que temos a chance de ver um artista mais descontraído, o sorriso sincero de satisfação que é dado alguns segundos depois do corte de uma cena e a preocupação, mais sincera ainda, que atravessa em seu rosto na preparação inicial, em suma, a mágica desenvoltura na relação entre criador e criatura aos olhos da câmera.

O material exibido nesse excelente documentário em três partes é essencial, não somente para os fãs de Carlitos, que irão entender como funcionava a mente criativa do mestre, como também para todos aqueles que possuem um mínimo interesse sobre os alicerces da história do cinema. 


* O documentário está sendo lançado em DVD pela distribuidora "Obras-Primas do Cinema", em edição de luxo com um belo pôster e dois cards.