Esquadrão Suicida – Crítica 2

Jack Nicholson e Heath Ledger mandam lembranças a Jared Leto Em qualquer superprodução há muitos fatores que envolvem o seu formato, e um dos primeiros fatores é o dinheiro, tanto o que foi empregado quanto o que será de renda da bilheteria. Daí temos o diretor, os produtores, os estúdio, os atores… e mais um milhão de particularidades. Nem tudo que envolve muito dinheiro tem rentabilidade certa. Está chegando mais um filme de super-heróis, ou melhor, de anti-heróis. E a bilheteria é incerta. Esquadrão Suicida chega num momento em que todos dão suas opiniões (mundo globalizado é assim) e rapidamente vários pontos de vista, das mais variadas vertentes, pipocam aos nossos olhos. Em Esquadrão Suicida, a agente Amanda Waller quer juntar uma equipe com os vilões mais ameaçadores do planeta. Para combater um mal, bem maior que eles. Quando estão juntos nem tudo sai como o esperado. Mas Esquadrão Suicida é bom ou ruim? Eu digo que está mais pra ruim do que pra bom. Quase um suicídio coletivo. Uma ideia bem legal que se perde rapidamente. Vejamos o que funciona e o que deixa a desejar: Arlequina. A personagem de Margot Robbie (A Lenda de Tarzan) é uma das melhores coisas da história. Muito se deve ao carisma da bela atriz. Já em sua primeira cena a empatia é instantânea. O roteiro foi bem lisonjeiro com sua personagem, ela aproveita e rouba o filme pra si. Viola Davis e Will Smith. Viola Davis (Os Suspeitos) é Amanda Waller, com personagem de pulso forte e atriz acima de qualquer suspeita quando falamos de competência. Consegue manter, em algumas cenas, a qualidade do longa. Já Will Smith (Independence Day: O Ressurgimento) é o bom protagonista. Personagem bem desenvolvido, tendo bons momentos familiares, comoventes e agradáveis. Trilha sonora. É boa e animada. Mas chega num momento em que se torna cansativa e chata. O início. A apresentação dos personagens é perfeita. O começo do filme é bem promissor, mostrando um pouco da vida dos vilões que precisam estar juntos para vencer um mal maior. O visual. Cenários e ambientação são belíssimos, lembrando bastante o mundo dos quadrinhos. Porém os contras são: Desde o ano passado gritou-se uma publicidade enorme em cima do Coringa que Jared Leto (Clube de Compras Dallas) encarnaria. Pois bem, o seu Coringa é um dos mais inexpressivos que se tem notícia. Além de ser um personagem quase sem importância, mal dá as caras, servindo apenas de escada para a personagem Arlequina. Jack Nicholson (Antes de Partir) e Heath Ledger (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge), os dois melhores Coringas do cinema, mandam beijo no ombro para Jared Leto. Cara Delevingne  e sua Magia é uma das vilãs mais feias já produzidas pelo cinema. Além da atriz ser muito fraca no quesito interpretação, a personagem é chata, estranha, e sem carisma para suas maldades. Quando ela aparece dá vontade de fechar os olhos. Literalmente, faltou coração. Os personagens coadjuvantes são inexpressivos. Tirando Arlequina e o Pistoleiro, o restante pode ir pra debaixo do tapete que não fará falta. Diversão. Faltou diversão. Algumas poucas piadas não dizem a que veio. Bem bobinhas. Prometeu e não cumpriu. A falta de decisão. O filme em quase tudo fica na tentativa. Tenta o riso, tenta a ação, tenta o drama, tenta o vilão, tenta o mocinho. Muitas tentativas, quase nenhuma afirmação. No final, graças à Margot Robbie e Viola Davis, o filme não é uma grande bomba, no pior sentido da palavra. As mulheres salvando a arte que sintetiza todas as outras. Que pena. Parecia ser bem melhor. Nota do CD: 2 out of 5 stars Sinopse: Baseado nas histórias em quadrinhos da DC Comics, o longa acompanha a missão de um grupo formado por supervilões que começam a trabalhar para o governo em troca do perdão de suas penas. Amanda Waller, oficial de inteligência dos EUA, decide reunir um grupo secreto de indivíduos dispensáveis para proteger o país de meta-humanos e outras ameaças capazes de destruir o poderio militar norte-americano em segundos. Pistoleiro, Arlequina, Bumerangue, Amarra, Croc se unem a Rick Flag na missão de suas vidas. Ficha Técnica; Gênero: Aventura Direção: David Ayer Roteiro: David Ayer Elenco: Adam Beach, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Alex Meraz, Alyssa Veniece, Amanda Brugel, Ariane Bellamar, Ben Affleck, Brianna Goldie, Cara Delevingne, Common, Corina Calderon, Darryl Quon, David Harbour, Ike Barinholtz, Jai Courtney, Jared Leto, Jay Hernandez, Jim Parrack, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Kevin Hanchard, Margot Robbie, Michael Murray, Sabine Mondestin, Scott Eastwood, Viola Davis, Will Smith Produção: Charles Roven, Richard Suckle Fotografia: Roman Vasyanov Montador: John Gilroy Duração: 123 min. Ano: 2016 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 04/08/2016 (Brasil) Distribuidora: Warner Bros Estúdio: Atlas Entertainment / DC Entertainment / Lin Pictures Classificação: 12 anos Informação complementar: Baseado nos personagens da DC Comics.