Satyricon (Fellini Satyricon – 1969)
Baseado na obra homônima de Petrônio, Satyricon apresenta o jovem Encolpio, que ressente pela perda de seu amante, Gitone, pelas mãos de seu melhor amigo, Ascilto. Após descobrir que Ascilto vendeu Gitone para o ator Vernacchio como escravo, Encolpio inicia a sua busca por seu ex-amante.
No auge do movimento hippie, enxergamos nos jovens do filme os mesmos instintos de rebeldia e compulsão pela satisfação do prazer carnal. Essa abordagem original, como em tudo que é movido pelo novo, corre riscos, erra e acerta, não é uma unanimidade entre os fãs do diretor. A atuação do elenco é quase bressoniana, com os atores reagindo timidamente aos comandos que o diretor ia ditando ao lado da câmera. Além disso, para reforçar o senso de estranheza, não há muito sincronismo com relação à dublagem para o italiano, um toque genial do diretor, evidenciando que o interesse está no distanciamento, no antinatural, o que acaba enfatizando aqueles seres como alienígenas em uma terra inexplorada. É impressionante perceber como a indústria de cinema atual, em comparação com essa experiência, está apática e preguiçosa.
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
"Satyricon", de Federico Fellini
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