terça-feira, 6 de junho de 2017

RAINER WERNER FASSBINDER - 10 FILMES ESSENCIAIS



O importante diretor alemão é o tema dos 10 filmes essenciais de hoje.

Doutor de um estilo inconfundível, mas que ao mesmo tempo faz um mix de vários estilos como barroco e expressionista, Fassbinder retratava comumente em seus filmes, a Alemanha (história, sociedade, cultura e geografia) e o cinema gay (ambiente e a vida homossexual em quase todos os seus filmes ). O diretor também sofreu forte influência de Douglas Sirk, que era o "papa" do melodrama.

Fassbinder morreu de uma overdose de cocaína e barbitúricos aos trinta e sete anos. Sua morte é considerada um marco do fim do Novo Cinema Alemão.

Abaixo, uma missão meio impossível. Listar 10 filmes essenciais. Quem acompanha o nosso site, sabe que a lista não reflete minha opinião. É uma média feita com os 10 melhores filmes constantes nos principais sites de cinema do mundo e a opinião de leitores do mundo todo.

Porém, quando o diretor tem mais de 10 filmes essências como Fassbinder, todas as listas encontradas sofrem variações de quase 40%. Ou seja, 6 filmes sempre saem, e os outros 4, variam. Porém, destes 4, 8 filmes são as opções mais votadas. Portanto, seria justo dizer que o diretor tem 14 filmes essenciais (contando todas as produções para TV).

Mas como nosso post leva em conta os 10 +, fizemos opção dos melhores ranqueados entre eles. Lembrando que sempre serão incluídos o primeiro e o último filme do diretor, afim de proporcionar uma visão melhor da linha de excelência seguida pelo diretor.

Confiram o resultado abaixo.

Querelle é um marinheiro que se envolve com homens e mulheres no porto de Brest (França). Em busca de prazer, fomenta desejos, envereda pela marginalidade e, finalmente, pela criminalidade, tornando-se ladrão e serial killer. Tenta, dessa forma, através da violência, sentir e dar prazer. Até que seus próprios desejos o obrigam a tentar abandonar sua passividade e demonstrar suas emoções.
Exibido no Festival de Veneza de 1982, o filme era o preferido do presidente do júri, Marcel Carné, mas o Leão de Ouro ficou com O Estado das Coisas (1982), de Wim Wenders. Carné declarou publicamente seu desagrado e lamentou não ter conseguido convencer os demais jurados de que o filme de Fassbinder deveria ser premiado.


Munique, 1955. O jornalista esportivo Robert Krohn (Hilmar Thate) conhece Veronika Voss (Rosel Zech), uma antiga estrela da UFA - grande estúdio cinematográfico do país - que supostamente teve um caso com Joseph Goebbels. Intrigado com a decadência de Veronika, agora viciada em morfina, ele começa investigar seu passado e chega à inescrupulosa Dra. Katz (Annemarie Düringer).
Última parte da Trilogia BRD de Rainer Werner Fassbinder, que retrata a Alemanha do pós-guerra. Os filmes anteriores são O Casamento de Maria Braun (1979) e Lola (1981). Baseado na trágica biografia da estrela alemã Sybille Schmitz.

Anos 50. Von Bohm (Armin Mueller-Stahl) é um homem sério e moralista, chefe do setor de Edificações de uma pequena cidade alemã. Dele depende a liberação para que o cínico magnata Schukert (Mario Adorf) inicie uma obra que beneficiará os empresários locais. Von Bohm tenta barrar os contatos ilícios de Schukert, até descobrir que a namorada dele é a cantora de cabaré Lola (Barbara Sukowa). Percebendo o interesse de Von Bohm, Suckert passa a usar a mulher para conseguir a aprovação de seu projeto.
O diretor Rainer Werner Fassbinder partiu da mesma premissa de O Anjo Azul (1930), mas tornou-o um filme político. Seu objetivo era criticar o milagre econômico alemão ocorrido durante o governo do chanceler Konrad Adenauer.


São os anos da República de Weimar, anos de depressão econômica que conduziram à ascensão do nazismo. No centro desta narrativa está a personagem de Franz Biberkopf, um inocente que acredita na bondade humana, logo um inocente explorável (e que acaba por integrar dentro de si a lógica da opressão). Depois de passar quatro anos na prisão por ter matado a mulher a pancadas, Franz é liberto. Determinado a levar uma vida decente, volta para Berlim. Entretanto, as coisas não acontecem da maneira que imaginara...
Um verdadeiro monumento da arte cinematográfica do século XX, Berlin Alexanderplatz é a obra máxima de Fassbinder e uma fascinante reflexão sobre a Alemanha no período entre-guerras.

Em meio a Segunda Guerra Mundial, Maria (Hanna Schygulla) se casa com Hermann Braun (Klaus Löwitsch), um soldado alemão. Ele desaparece em combate, mas Maria se recusa a acreditar em sua morte. Trabalhando num cabaré, ela se envolve com um soldado norte-americano, até que o marido reaparece e o amante é acidentalmente assassinado. Hermann assume a culpa e vai para a cadeia, enquanto Maria vai trabalhar com Karl Oswald (Ivan Desny) e logo se torna uma poderosa mulher de negócios.


História de romance e exploração entre dois jovens homossexuais: o primeiro, um pobre rapaz que viaja com uma trupe de circo e acaba de ganhar na loteria, tornando-se rico; e o outro, filho de um empresário à beira da falência, interessado em seu dinheiro. Fassbinder trata a relação homo afetiva de forma natural, como qualquer outra forma de relacionamento, e desenvolve temas como a dominação, a exploração e a expropriação através de um melodrama sabiamente controlado e lúcido, no qual Freud concilia-se com Marx.
Assumindo uma estrutura que muito lembra um filme de Douglas Sirk estranhado ao estilo brechtiano, O Direito do Mais Forte é das obras mais políticas e um das mais bem-sucedidas do diretor alemão. 


Emmi (Brigitte Mira), uma sexagenária viúva alemã, se apaixona por um imigrante muçulmano e negro, 20 anos mais jovem, chamado Ali (El Hedi ben Salem). Eles decidem ficar juntos e enfrentam as opiniões contrárias de família, amigos e vizinhos. Ultrapassando o preconceito e as diferenças culturais e sociais, os dois vão vencendo as dificuldades, mas logo começam a questionar os próprios sentimentos e a validade da relação.
Refilmagem de Tudo Que o Céu Permite (1955), dirigido por Douglas Sirk, grande influência de Rainer Werner Fassbinder.


Em algum lugar do futuro há um projeto de computador chamado Simulacron que é capaz de simular uma realidade. Um dia, de repente o líder do projeto, Henry Vollmer morre. Seu sucessor, Dr Fred Stiller experimenta um estranho fenômeno. Um amigo, Guenther Lause desaparece no meio de uma conversa e uma semana depois ninguém ouviu falar sobre ele. Simulacron pode ter alguma a ver com tudo isso?
Baseado num romance de Daniel F. Galouye, WELT AM DRAHT é um filme de ficção científica em duas partes, realizado para a televisão.



Petra Von Kant (Margit Carstensen) é uma estilista de prestígio autossuficiente, muito inteligente e arrogante. Sua principal companhia é Marlene (Irm Hermann), sua secretária, assistente e empregada, que ela não cansa de explorar. Petra se apaixona perdidamente pela oportunista Karin (Hanna Schygulla) e o conturbado relacionamento abala profundamente suas emoções.
Filmado em apenas dez dias.O filme é a adaptação da peça homônima do diretor Rainer Werner Fassbinder.


Pego pela polícia por um assalto, Franz se recusa a participar do sindicato do crime organizado, convidado pelo gangster Bruno. Os dois se tornam amigos e decidem trabalhar por conta própria e juntos planejam um assalto. Mas o trio, incluindo a namorada de Franz, Joanna, começa a se desfazer pelo caminho e o grande plano pode se tornar uma cilada.
Fassbinder dedica O Amor é Mais Frio Que a Morte para Claude Chabrol, Eric Rhomer e Jean-Marie Straub, tendo ainda um agradecimento especial para este último, por sua contribuição nas filmagens de uma cena do filme específica.

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