A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood premiou “Moonlight” como o Melhor Filme do Ano da 89ª edição dos Óscares, depois de se ter instalado a confusão na cerimónia ao ter sido entregue a “La La Land”. Algo bastante inédito, este final da cerimónia, em que por engano Warren Beatty anunciou “La La Land” como o vencedor. Um erro que fica para a história. “Moonlight” venceu ainda nas categorias de Melhor Ator Secundário e Melhor Argumento Adaptado.
O musical “La La Land”, que era o grande favorito com 14 nomeações, foi o filme mais premiado ao receber seis estatuetas douradas (Melhor Realizador, Melhor Atriz, Melhor Direcção Artística, Melhor Fotografia, Melhor Banda Sonora Original e Melhor Canção Original). Damien Chazelle fica na história dos Óscares como o mais jovem realizador (32 anos) a receber o prémio de Melhor Realizador e Emma Stone vence o seu primeiro Óscar, para Melhor Atriz.
“Manchester By the Sea” venceu nas categorias de Melhor Ator (Casey Affleck) e Melhor Argumento Original, “O Herói de Hacksaw Ridge” nas categorias de Melhor Montagem e Melhor Mistura de Som.
Viola Davis venceu o seu primeiro Óscar, de Melhor Atriz Secundária, pelo seu desempenho em “Vedações”. O prémio de Melhor Ator Secundário foi entregue a Mahershala Ali, em “Moonlight”, também o seu primeiro Óscar. É a primeira vez na história dos Óscares que os dois prémios das categorias de atores secundários são conquistados por atores afro-americanos.
O prémio de Melhor Filme Estrangeiro foi dos momentos mais políticos da cerimónia, ao ser atribuído ao filme do Irão “O Vendedor”, de Asghar Farhadi, que não esteve presente na cerimónia em protesto contra o bloqueio à imigração de Donald Trump. Uma representante de Farhadi leu um discurso bastante crítico em relação às políticas de Trump. Sem surpresas, “Zootrópolis”, da Walt Disney, ganhou o Óscar de Melhor Filme de Animação.
A abertura da cerimónia, em comparação com outros anos, foi fraca, mesmo que Justin Timberlake tenha deixado toda a plateia a dançar com a canção nomeada “Can’t Stop The Feeling!”. O anfitrião Jimmy Kimmel não deixou de criticar, e bem, com Donald Trump durante a cerimónia, tendo brincado também com a diversidade racial, Mel Gibson e com a Amazon. Um dos momentos mais divertidos da cerimónia foi a entrada de um grupo de turistas no Dolby Theatre, que pensava que iam ver uma exposição, mas para surpresa deles entraram dentro da própria cerimónia. Sara Bareilles cantou “Both Sides Now” num dos momentos mais emocionantes da cerimónia dos Óscares, o tributo aos que partiram em 2016, no segmento “In Memoriam”.
A 89ª edição dos Óscares foi sobretudo uma cerimónia política, com alguns bons momentos de humor, que ficou marcada por alguns momentos inesperados que ficam na história dos Óscares.
Melhor Filme - Moonlight
Melhor Realizador - Damien Chazelle, por La La Land
Melhor Ator - Casey Affleck, em Manchester by the Sea
Melhor Atriz - Emma Stone, em La La Land
Melhor Ator Secundário - Mahershala Ali, em Moonlight
Melhor Atriz Secundária - Viola Davis, em Fences
Melhor Argumento Original - Manchester By the Sea
Melhor Argumento Adaptado - Moonlight
Melhor Filme de Animação - Zootopia
Melhor Filme Estrangeiro - The Salesman (Irão)
Melhor Documentário - OJ: Made in America
Melhor Direcção Artística - La La Land
Melhor Fotografia - La La Land
Melhor Guarda-Roupa - Fantastic Beasts and Where to Find Them
Melhor Montagem - Hacksaw Ridge
Melhor Maquilhagem e Cabelo - Suicide Squad
Melhor Banda Sonora Original - Justin Hurwitz, por La La Land
Melhor Canção Original - “City of Stars,” La La Land
Melhor Edição de Som - Arrival
Melhor Mistura de Som - Hacksaw Ridge
Melhores Efeitos Visuais - The Jungle Book
Melhor Curta de Animação - Piper
Melhor Curta Live-Action - Sing
Melhor Curta Documental - The White Helmets
Nenhum comentário:
Postar um comentário