quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Grupo de Trabalho (GT) Cinema e Educação é criado para ajudar a implementar cinema brasileiro nas escolas

O Ministério da Cultura acaba de criar o Grupo de Trabalho (GT) Cinema e Educação, com participantes do governo e da sociedade civil, com o objetivo de ajudar a viabilizar a Lei nº 13.006/2014, que estabelece a obrigatoriedade da exibição de filmes nacionais nas escolas por duas horas mensais.

Na primeira reunião do GT, realizada no dia 27 de agosto,  Luiza Lins, representante da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, definiu o encontro como o começo de um novo momento para a Cultura e a Educação no Brasil. “Nós estivemos no começo o ano conversando com o ministro Juca, levando essa demanda de trazer a criança para o Ministério da Cultura, pensar a cultura para a infância aqui dentro, e a resposta foi muito rápida”, contou Luiza, que está otimista e classifica o encontro como histórico. “Não é um caminho fácil, mas é um começo”.

Juana Nunes, secretária de Educação e Formação Artística e Cultural (Sefac) – secretaria criada em março de 2015 -, acredita que o acesso ao imaginário da televisão, do audiovisual e do cinema e a experiência de entrar na tela garantem aprendizado certo. “Culturalizar a educação é dar cada vez mais formas artísticas, colocar o cinema, o teatro e a dança como suporte, como plataforma para o aprendizado. Isso é resgatar a potência pedagógica que a arte sempre teve”, explicou Juana, durante a reunião.

A educadora Cláudia Mogadouro, que faz parte da história do Educativo Tela Brasil, do início de 2011 até o final de 2012, também foi convidada a participar do Grupo. Cláudia sempre teve a educação como objeto de pesquisa, principalmente a busca da reflexão sobre como um produto cultural pode ser formador de uma criança. A discussão do papel do cinema como ferramenta pedagógica faz parte da vida da educadora, que conta participar de uma verdadeira militância de cinema brasileiro nas escolas.

O momento atual, em que muito se fala sobre a obrigatoriedade do cinema nacional em sala de aula, é delicado e importante para o trabalho que realiza. Após a reunião, Cláudia publicou nas redes sociais que sente-se “cada vez mais convicta da potencialidade do cinema na transformação da escola”.

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