sábado, 29 de novembro de 2014

Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi lançam livro sobre 10 anos do Cine Tela Brasil e Oficinas Tela Brasil, na próxima segunda (01.12)

Depois de 10 anos de estrada e histórias com projetos sociais de cinema por todo Brasil, os cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi lançam o livro “Cine Tela Brasil e Oficinas Tela Brasil: 10 anos levando cinema a escolas públicas e comunidades de baixa renda”, na segunda-feira (01.12), às 19h, no MIS, que vai abrir extraordinariamente para o público, a fim de dividir todo o conteúdo do livro e dos projetos em sessões gratuitas.
Às 16h, o premiado documentário Cine Mambembe: O cinema descobre o Brasil será exibido no auditório, seguido por sessão de 12 curtas-metragens produzidos por jovens de baixa renda nas periferias do Brasil. A maratona se encerra com o lançamento do documentário de 15 minutos Cine Tela Brasil: dez anos de cinema nas quebradas e lançamento do livro, com presença de Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. As sessões são grátis e os ingressos devem ser retirados na bilheteria do museu.

A publicação busca inspirar educadores e políticas públicas e retrata os projetos que colecionam números impressionantes. Foram percorridos 116.509 km em estradas, levando cinema brasileiro a 759 bairros de periferia, onde foram realizadas 7439 sessões de cinema para 1.355.403 brasileiros. Dezoito estados e o Distrito Federal foram visitados pelo Cine Tela Brasil, que colocou brasileiros de várias idades pela primeira vez numa sala de cinema.

O livro ainda traz o histórico e reflexões sobre a experiência em torno das Oficinas Tela Brasil, que impactaram mais de três mil estudantes de baixa renda, em 121 oficinas, onde foram realizados 407 curtas-metragens .

Na realização do livro, todos os curtas foram novamente assistidos e classificados, a fim de que um raio-X da produção pudesse mostrar ao leitor quais histórias são contadas pelo jovem brasileiro, morador de periferia, quando este jovem tem uma câmera nas mãos. “Diferente dos estereótipos do cinema comercial, dos 407 curtas produzidos nas periferias, apenas em oito se vê uma arma de fogo”, anuncia Bolognesi.

Os dados da catalogação foram traduzidos em infográficos e ainda viraram o ponto de partida para a reflexão do cantor Emicida, do cineasta Ricardo Calil e da filósofa Viviane Mosé.

Editado em cinco capítulos, o livro dá visibilidade aos personagens que lideraram a trupe do cinema pelas estradas do país, resgata a memória que quem assistiu a um filme nacional pela primeira vez, por conta do Cine Tela Brasil, e ainda traz a experiência dos alunos que participaram as Oficinas Tela Brasil e se viram transformados por elas. A publicação revê os últimos 10 anos de políticas culturais no Brasil, período no qual os projetos rodavam o País, e ainda joga luz nas possibilidades de uso do audiovisual nas escolas, foco de atuação do Instituto Buriti. O livro ainda inclui a realização do Cine Mambembe, protótipo de tudo que foi feito de cinema pelas estradas brasileiras na última década.

O desejo era fazer uma edição comemorativa dos 10 anos de projetos que nascesse com uma vocação maior do que preservar nossa memória. Criamos os projetos, mas eles foram realizados por uma equipe enorme e apaixonada. Impactaram muita gente. O livro deveria trazer tudo isso e ainda ajudar os leitores a olhar para frente, vislumbrando o que iniciativas que usam o audiovisual podem fazer pela educação do País”, afirma Luiz Bolognesi, que liderou a equipe formada por Daniela Castanho França, na coordenação de produção, por Luciana Branco, na coordenação editorial, pela repórter Ana Paula Sousa, que assina reportagem e textos, e ainda pelos designers Yana Parente e Thomaz Resende, responsáveis pelo design gráfico e infográficos, respectivamente.

Com quatro mil exemplares, a publicação será distribuída gratuitamente para escolas públicas e instituições de ensino em todo o Brasil, além de ter uma parte vendida na livraria do MIS.

Nenhum comentário: